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Queda nas doações para o CT liga alerta no Vasco

Enquanto há uma indefinição em relação ao retorno às atividades e a retomada do calendário do futebol brasileiro, o Vasco está conseguindo driblar os obstáculos em meio à pandemia de coronavírus e seguir o planejamento da construção do novo centro de treinamento, que ficará na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro). Porém, a queda no número de doações dos torcedores destinadas às obras no local causa preocupação na diretoria.

Apesar de alguns percalços, o cronograma inicial está sendo cumprido e, ontem (29), o clube divulgou imagens da colocação do sistema de drenagem. Neste período de isolamento social, a cúpula manteve quem trabalha em escritório de 'home office' e, como se trata de uma área aberta e sem a necessidade de aglomerações, as atividades puderam prosseguir seguindo os protocolos.

O fato de alguns fornecedores terem paralisado as operações causou pequeno prejuízo, mas como a empresa responsável pela parte de drenagem e gramado seguiu trabalhando normalmente, a agenda não sofreu alterações. A colocação dos muros, ação em que não foi preciso grande volume de mão de obra, também foi adiante.

O que causa maior apreensão à diretoria neste momento é a queda no ritmo de doações, que aconteceu juntamente à pandemia. Apesar da diminuição na arrecadação, não houve mudança no ritmo da obra, o que ocasionou um "gasto mais rápido". Além disso, "como em toda obra", houve imprevistos que geraram custos a mais.

Neste cenário, o Vasco procura soluções para a arrecadação voltar ao compasso anterior. Recentemente, o clube lançou uma camisa que terá os valores das vendas revertidos para o CT e ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel (zona norte do Rio), para o combate à Covid-19. Caso as 2020 camisas com a temática do CT sejam adquiridas, o Cruz-Maltino conseguirá quase R$ 1 milhão para o CT e mais R$ 30.300 ao hospital.

"Não tenho dúvidas de que estaremos com o CT disponível em julho. Estão em uma velocidade satisfatória. Entendo que a gente conseguiu manter velocidade importante para entregar. A gente pede que o torcedor vascaíno não desanime, as doações precisam continuar acontecendo", disse Carlos Leão, vice-presidente de finanças, em entrevista on-line.

Em março, o UOL Esporte mostrou que dirigentes do Vasco tiveram conversas com líderes comunitários da Cidade de Deus para que pudessem dar prosseguimento às obras do CT. À época, o número de casos crescia nas comunidades e moradores demonstram preocupação com o fato de ter entrada de pessoas alheias.

No bate-papo, porém, o clube garantiu aos moradores que estava cumprindo todas as medidas de segurança individuais e coletivas, além de apontar que restringiria o número de funcionários no local.

Fonte: UOL Esporte