Futebol

Psicóloga do Vasco quer repetir com Mancini o mesmo trabalho feito com Doriv

Mais do que nunca, a psicologia está em alta em São Januário. Pela primeira vez, um especialista no assunto foi incluído na pré-temporada do time profissional. Maria Helena Rodriguez terá contato intenso com o elenco e a sua primeira missão é ajudar o técnico Vágner Mancini a conhecer um pouco mais a personalidade dos jogadores.

Até semana que vem, a psicóloga entregará ao treinador um relatório completo e individualizado do perfil psicológico de cada nome do grupo cruzmaltino. O objetivo é fazer com que Mancini saiba, desde já, o ponto certo a ser tocado nas conversas com cada jogador, a melhor forma de cobrar e motivar, algo que seria possível apenas com alguns meses de convívio.

– Estou observando os jogadores. Conheço muitos deles e já tive as primeiras reuniões com o grupo deste ano. Trabalhei em parceria com Dorival Júnior e o Mancini também gosta de contar com este trabalho psicológico – afirmou a psicóloga.

Maria Helena passou a trabalhar com o elenco profissional do Vasco em junho do ano passado, quando o time passou por momento complicado na Série B. A implementação da assistência psicológica foi bem aceita pelos jogadores, tanto que o trabalho será repetido em 2010. Uma das estratégias é a intensificação da identidade entre atletas e clube.

Através de vídeos históricos e depoimentos de torcedores, a psicóloga procura dimensionar ao elenco o tamanho e a importância da instituição Vasco da Gama. Além disso, a manutenção do bom ambiente entre os jogadores passa pelas conversas em grupo. O capitão Carlos Alberto resume bem o tom do trabalho:

– A iniciativa foi muito interessante e como os jogadores receberam isso também. Todos os clubes deveriam fazer algo assim. Com facilidade, Maria Helena fez com que o pessoal se integrasse ainda mais. Antes, eu dizia que o futebol é 100% cabeça. Agora percebo que é 200%.

Para Coutinho, Maria Helena é como uma mãe

A relação da psicóloga Maria Helena Rodriguez com alguns jogadores do elenco vascaíno transcende o profissionalismo e a simples ajuda para se desenvolver em grupo.

Antes de ascender ao time principal, ela trabalhou por muito tempo com a motivação na base e Philippe Coutinho esteve nessa trajetória.

– É um trabalho importante, sim, e eu a conheço desde pequeno, já que ela trabalhava com os jovens antes. Posso considerá-la como uma mãe, que sempre nos protegeu quando pôde. Afinal, passamos muito tempo no clube e, quando precisamos, nos abrimos com ela – disse a joia da Colina, de 17 anos.

Mais experiente, Fagner já conhece o trabalho de Maria Helena há algum tempo. E o trata como essencial para melhorar o ambiente: – O Vasco mudou muito, de novo, e existe a inibição de alguns, que trocam de cidade e sentem as cobranças. Saber que há alguém diariamente pronta para ter uma conversa diferente e dar uma palavra de incentivo é muito bom.

Fonte: Lancenet!