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Projeto de lei no Congresso daria brecha a sistema de cotas na Seleção Brasi

A adoção de cotas na Seleção para jogadores que atuam no Brasil, proposta pelo L! na edição de segunda, ganha força no Congresso Nacional. Projeto do deputado Silvio Torres (PSDB-SP) que quer tornar a Seleção parte do patrimônio cultural do país pode abrir caminho para tornar lei a preservação de vagas para atletas de clubes brasileiros.

De acordo com o texto de Torres, a Seleção, como bem cultural do país, passaria a ser regida pelo “elevado interesse social” e, por conseqüência, teria seus gestores (no caso, a CBF) sujeitos a fiscalização e monitoramento de órgãos públicos, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União.

Para o tucano, a Seleção, como patrimônio cultural brasileiro, tornase alvo de interesse única e exclusivamente de seu povo. Sendo assim, se o sistema de cotas para nacionais vestirem a Amarelinha for a vontade da maioria da população, a intenção pode vir a ter força de lei.

– A Seleção não pode ser administrada por uma entidade, livremente. Como bem do país, ela passa a ter de atender às aspirações de todos – afirmou Silvio Torres, lembrando que a Lei Pelé já eleva o futebol, de modo geral, como patrimônio cultural do Brasil.

Além do sistema de cotas, há outros possíveis desdobramentos da aprovação do projeto, como o novo reordenamento da negociação dos direitos de TV da Seleção, via licitação, da forma que sugere outro texto em trâmite na Câmara.

Para o ministro Orlando Silva, a idéia ensaiada pelo LANCE! é valiosa e merece consideração: – O presidente Lula já havia comentado comigo que gostaria de ver uma Seleção somente com jogadores que atuam no Brasil. Mas eu achei a proposta do presidente muito radical. A do LANCE! é boa, porque dá possibilidade de os clubes brasileiros ficarem mais tempo com seus melhores jogadores.

Fonte: Lance