Principal jogador do Chicago Fire, Gilberto relembra passagem pelo Vasco

O futebol brasileiro precisa reconquistar seu espaço dentro da MLS. O número de atletas do país na liga caiu consideravelmente do ano passado para cá. Além da queda presencial, a relevância também diminuiu. Tirando Kaká, principal estrela de toda a liga, apenas um brasileiro é também o principal jogador de seu time para a temporada 2016. Você saberia dizer quem?

O jogador chegou ao time em Julho do ano passado após deixar o Vasco. Tentou recuperar o Fire dentro da temporada mas não foi possível. O time acabou com a pior campanha de toda a liga, o que forçou uma grande reformulação desde o quadro diretivo, passando pela comissão técnica e também pelos jogadores. Gilberto ficou e está gostando do que promete ser a nova temporada.

"A expectativa aqui é muito boa. A pré-temporada está sendo muito bem aproveitada. Aqui a gente tem um mês de preparação e treinos em um período, dá para descansar bastante também. Eles não querem dar tudo de uma vez. A evolução do trabalho é progressiva. O treinador (Veljko Paunovic), apesar de ter o seu primeiro trabalho no futebol profissional, tem um feeling muito bom. A diretoria está buscando reforços também. Tudo está sendo feito para que seja um ano diferente do que foi 2015", disse o centroavante em entrevista ao MLS Inside.

E Gilberto é parte fundamental nesse novo Chicago Fire. O jogador é a principal estrela do elenco para a temporada. Prova disso é que foi usado como grande destaque no anúncio dos novos uniformes.

O centroavante é o maior salário da equipe, sendo o segundo brasileiro melhor remunerado na liga, só perdendo para Kaká. É, ao lado do craque do Orlando City, o único brasileiro que ocupa uma vaga de designated player entre as 20 fraquias da Major League Soccer.

"A gente sabe que aqui tem muitos jogadores bons mas também tem muita gente nova no grupo. Como eu sou um dos jogadores com 'valor especial', acabaram me escolhendo pra essa campanha do uniforme. Espero corresponder", disse.

No pouco tempo que esteve na equipe na última temporada, Gilberto não fez feio. Foram 10 jogos, sendo 8 como titular e 5 gols marcados. Chegou depois romper seu contrato com o Vasco, após ter sido emprestado pelo Toronto FC, sua ex-equipe na MLS. Apesar de ter deixado o clube carioca em um péssimo momento, que culminou em nova queda para a Série B, o goleador guarda boas lembranças da passagem por lá.

"Minha passagem no Vasco foi muito boa. Fui campeão carioca e artilheiro do time, então não tenho nada para falar do clube. E também não sai por nenhuma briga com o Celso Roth, como falaram. É um time gigantesco e tem que estar sempre entre os primeiros do campeonato. Acabou que optei por voltar para cá. Cada um seguiu seu caminho. Estou feliz no Chicago e espero que o Vasco também esteja", analisou o centroavante que despontou para o futebol brasileiro no Santa Cruz e também teve passagens por Internacional e Portuguesa.

Gilberto será o único brasileiro do Chicago Fire. Seu companheiro compatriota do ano passado, o zagueiro Adaílton, foi dispensado e resolveu encerrar a carreira. Caberá ao centroavante usar como inspiração o grande ídolo esportivo da cidade, e possivelmente de todo o país. Quando pequeno, ele se acostumou a ver pela televisão as mágicas que Michael Jordan fazia com um bola laranja nas mãos.

"Gosto muito dos Bulls. O primeiro time que segui no basquete foi o Chicago do Michael Jordan. É muito bom estar na cidade que ele foi rei, e ainda é. Toda hora ele é lembrado por aqui. Sempre será o maior de todos. Como fizemos a pré temporada em Tampa, não consegui ver nenhum jogo desta temporada, mas quando voltarmos talvez consiga ir em algum".

Se Gilberto conseguir fazer com os pés 10% do que Jordan fez com as mãos, terá vida longa e de muito sucesso nos gramados de Chicago, além de recolocar os atletas brasileiros em destaque no cenário da MLS.