Primeiro dia do técnico Romário é agitado
No primeiro dia como treinador e jogador do Vasco, Romário trabalhou como não se via há muito tempo. E de bom humor. O Baixinho foi o primeiro a chegar nesta quarta-feira em São Januário. Às 8h30m ele estacionava o carro na Colina. Trinta minutos antes do início do treino.
- Vim mais cedo porque foi algo que combinei com a comissão técnica. É o primeiro dia - explicou.
Romário não vestiu a roupa da comissão técnica. Com o uniforme de treino subiu para o gramado. Participou pouco do treino físico. Ficou mais conversando com o auxiliar Alfredo Sampaio e outros profissionais do clube. Andava de um lado para o outro.
Colocava a mão no queixo como se ficasse pensando. Ele ainda não se considera o treinador do Vasco. O pensamento é jogar, fazer mais alguns gols e, só depois, encerrar a carreira. Mas garante que apesar de deixar a parte tática com o auxiliar Alfredo Sampaio, a última palavra sempre será dele.
Após o treino, uma conversa no vestiário com Paulo Angioni. Sempre ligeiro para ir embora, Romário foi um dos últimos jogadores a sair. Explicou que não teve ainda a primeira conversa com o grupo. Mas que não está preocupado com o que vai falar.
- Não estão todos aí ainda. E a língua do futebol é universal.
Romário revelou que quer trabalhar com um grupo de 30 jogadores mais quatro ou cinco das divisões de base. Atualmente, o elenco vascaíno tem 37 jogadores. Alguns devem ser emprestados.
Novo banco de reservas de São Januário
O sol começa a se pôr e o Baixinho segue na Colina. Treina também à tarde. Mas avisa que não estava sempre em todas as atividades do Vasco. Na sua ausência, Alfredo Sampaio comandará a movimentação. Enquanto isso, o departamento jurídico do clube entrava com um recurso no STJD para tentar um efeito suspensivo para o atacante.
Romário ainda não sabe quando poderá disputar uma partida oficial pelo Vasco. Suspenso por 120 dias pelo STJD por uso de finasterida, uma substância que havia em seu remédio contra calvície, o Baixinho só pode voltar a jogar no dia 6 de abril. Mas sonha estar em campo no dia 20 de janeiro, na estréia do Vasco no Campeonato Carioca contra o Madureira, em São Januário. Até lá o Baixinho faz brincadeiras com o novo banco de reservas da Colina. Com grana sintética, parece uma continuação do gramado. E faz o atacante se sentir mais casa no novo local de trabalho.
As frases do Baixinho
- Ficar no banco não é comigo, não é muito a minha cara (risos). Vou passar mais tempo ali. Não sei se sentado ou em pé. Mas ficou legal
Sobre o novo banco de reservas do estádio de São Januário
- Vou jogar contra o Hamburgo, o \"chessburgo\", o x-tudo...
Sobre a presença em campo na estréia do Vasco no torneio de Dubai
- O treinador é o Alfredo Sampaio. O auxiliar é Amilton Oliveira. E eu sou o \"técnico-jogador\". A responsabilidade é minha, mas o Alfredo entende mais desta área. Porém, a última palavra é minha
Sobre como vai funcionar a nova comissão técnica do Vasco
- Quero passar para a rapaziada o que eu aprendi nos meus 25 anos como jogador
Sobre como será o relacionamento com os outros jogadores
- Ter treino em dois períodos não significa que vou estar sempre aqui presente. Na minha ausência, o Alfredo vai comandar tudo. Não é fácil acordar cedo. Mas, às vezes, vale a pena (risos)
Sobre a presença nos treinos pela manhã
- Não conversei ainda com o grupo. Não estão todos aí ainda. Mas futebol não precisa falar muito. Tem é que jogar. A língua da bola é universal
Sobre o primeiro contato com o elenco vascaíno
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