Presidente interino do Vasco contesta penhora de São Januário

O presidente interino do Vasco, Eurico Miranda, contestou a versão que foi divulgada na edição de terça-feira no jornal \"O Globo\", de que São Januário seria penhorado para saldar uma dívida do clube com o Banco Central. Segundo denúncia feita pelo presidente do Movimento Unido Vascaíno (MUV), José Henrique Coelho, o processo corre na 8ª Vara de Execução Fiscal e envolve a venda do ex-atacante Bebeto para o La Coruña, da Espanha, em 1992.

Segundo Coelho, além do estádio, 30 imóveis do clube na Rua São Januário, em São Cristóvão, estão penhorados para garantir pagamento da dívida de R$ 20 milhões com INSS, IPTU, FGTS e Imposto de Renda.

No entanto, Eurico divulgou uma nota no site oficial do Vasco dando a sua versão para os fatos. De acordo com o dirigente, São Januário está sendo usado como garantia, o que é um recurso legal, por ter a confiança de que o clube sairá vencedor ao fim do processo.

Confira a íntegra da nota divulgada por Eurico Miranda no site oficial do Vasco:

Desespero da Oposição fica evidente

\"Em pouco mais de uma semana sou obrigado a repetir uma frase. Eu já os conheço. São sempre os mesmos: o grupelho de oposição, desta vez nas páginas de um de seus aliados preferidos: a editoria de esportes de O Globo. E isso vem se aprofundando a medida em que o time de futebol do Vasco sobe na competição. Não há mais limites para o desespero e a mentira. Já foi assim há poucos dias com a tresloucada versão da certidão negativa do INSS. Não rendeu nada para eles. Agora, voltam com um café requentado: as supostas penhoras de São Januário.

Infelizmente temos que repetir que não há jornalismo, há campanha difamatória. Bastaria consultar uma outra editoria do mesmo jornal para ver que a besteira que escreveram. O que existe é uma situação jurídica absolutamente legal e amplamente usada pelas empresas: nos processos em que se tem absoluta confiança na vitória final oferece-se um bem como garantia da continuidade da discussão. Isso já foi feito diversas vezes e continuará sendo utilizado. Os Poderes legalmente constituídos do Vasco sabem o cuidado que se tem com o patrimônio do clube. Nenhuma instituição esportiva do Rio tem a nossa dimensão patrimonial.

Quanto ao jornal O Globo, nos últimos anos os leitores não leram uma linha sobre as obras em São Januário, a ampliação do complexo para todo o quarteirão, a construção do hotel-concentração, a compra dos mais modernos equipamentos para atletas de todas as idades e nem sobre a Escola Vasco da Gama, com formação de Primeiro e Segundo Grau, exemplo de ação social integrada ao esporte. Isso já basta para ver a manipulação da qual o Vasco é vítima.

Por último, os conselheiros do Vasco não precisam receber nenhum informe desse grupelho. Bastaria que comparecessem às reuniões dos Conselhos Deliberativo e de Beneméritos, onde nunca aparecem, e tivessem a coragem de assumir as suas posições. Aos sócios basta que visitem qualquer uma de nossas sedes, em especial São Januário, ampliado e reformado. Cada metro quadrado, sustentado exclusivamente com os recursos dos vascaínos, é um motivo permanente de orgulho.

O Vasco é uma instituição centenária e independente Repito: eles não têm explicações para um clube com salários em dia, investimentos em categorias de base, cinco sedes e - ainda por cima - um time de futebol que disputa os primeiros lugares, mesmo contra a vontade deles.\"

Eurico Miranda
Presidente