Presidente eleito do Flu revela intenção de ter Rodrigo Caetano
Após 14 anos de luta, a oposição chega ao poder no Fluminense. Nas eleições realizadas ontem, nas Laranjeiras, o advogado Peter Siemsen, de 43 anos, venceu o secretario estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, e será o presidente do clube no triênio 2011/12/13. No maior pleito da história do Tricolor, que foi acompanhada de perto por um promotor e dois agentes do Ministério Público, 2.597 mil sócios votaram.
Na primeira contagem, Siemsen teve mais de 700 votos de vantagem sobre Bueno, o que garantia as 150 cadeiras do Conselho Deliberativo à chapa vencedora. Os derrotados, porém, pediram recontagem na esperança de chegar ao coeficiente que lhes garantiria ao menos 15 vagas no Conselho. Até o fechamento desta edição, apenas uma das duas urnas havia passado pela recontagem. Dos 1.088 votos, 703 foram para Peter, 359 para Bueno e os outros 26 foram nulos.
Resolvi ser candidato de novo quando vi que 1.200 novos torcedores se associaram para votar. Percebi que o torcedor acredita na mudança disse o novo presidente, que havia sido derrotado por Roberto Horcades em 2007.
A eleição do advogado revela um projeto de seis anos, na qual o equacionamento da dívida do clube, avaliada em R$350 milhões, aparece como um dos objetivos principais. Um dos lemas de Peter é salvar o Fluminense para que os torcedores tenham um clube pelo qual torcer no futuro.
As mudanças na diretoria devem ser anunciadas antes da posse. Mas alguns nomes já são quase certos. A vice-presidência de marketing deve ficar com Idel Halfen, consultor de marketing esportivo. Já a pasta de finanças tem como principal candidato Marcelo Cheniaux, ex-sócio de Eike Batista na empresa EBX. Tanto Idel quanto Marcelo pertencem à Flusócio, um dos principais grupos políticos do Fluminense na atualidade.
O nome do novo vice-presidente de futebol ainda está indefinido, mas ele deve ser apenas uma figura representativa, uma vez que o estatuto do clube exige alguém no cargo. O futebol será comandado por um executivo remunerado. O plano era trazer Rodrigo Caetano, do Vasco, mas o vazamento da notícia inviabilizou a contratação do dirigente.
Precisamos saber qual a real condição do Fluminense. Este é o nosso marco zero disse Peter, que sofre pressão de Celso Barros para manter Alcides Antunes no cargo. O atual vice é homem de confiança do patrocinador e do técnico Muricy Ramalho.
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