Presidente do Fluminense compara caso Leandro Amaral à escravidão
O presidente do Fluminense, Roberto Horcades, fala sobre a reunião que teve com dirigentes do Vasco durante a festa de lançamento do DVD "Romário é gol", na noite desta segunda-feira (14/04), e que também contou com a participação de Celso Barros, presidente da Unimed, patrocinadora do Tricolor das Laranjeiras.
O teor da conversa foi encontrar uma solução para que o atacante Leandro Amaral, que voltou a ser jogador do Gigante da Colina até 14/12/2008, seja negociado em definitivo para o Fluminense, com o qual tinha firmado contrato de 01/01/2008 a 31/12/2009 graças a uma liminar.
"Acho que os presidentes de clubes têm que ter um cuidado muito grande com isso, porque as pessoas são pessoas. A gente não pode prejudicar um ser humano, pai de três filhos. Essa coisa toda tem que ser resolvida porque as pessoas não podem ficar na mão de cassa uma liminar aqui, vai para lá, vem para cá. Não acho isso uma forma correta de agir com um homem, uma mulher ou ser humano. Ontem na homenagem ao Baixinho, a gente estava todo mundo juntos. Estava o Celso, eu e o pessoal todo do Vasco. Tomei a iniciativa, isso é uma coisa minha, da minha cabeça, não houve nenhum conchavo inicial, que é um termo ridículo usado, mas acho que a gente tem que pregar a paz no esporte. Tomei a iniciativa de procurar a diretoria do Vasco para resolver o problema do rapaz. A gente tem que ver que atrás daquele jogador, que tem 30 anos, tem uma família. Ele é o único prejudicado de tudo isso. O Fluminense não foi, de forma alguma, quem iniciou essa coisa. O advogado do Leandro [Heraldo Panhoca] entrou com alguma medida judicial e conseguiu fazer com que ele ficasse livre do Vasco. Isso foi o início de tudo. Esse negócio de vai para lá, vem para cá, cassa a liminar, volta para cá, agora ele é do Vasco, agora ele é do Fluminense. E quando é que ele vai ser dele, fazer as coisas que ele sabe fazer, jogar futebol, ser livre, ou será que estamos voltando à época da escravatura?", disse ao repórter Marco Vasconcelos, no programa "Giro Esportivo", da Rádio Tupi.
O dirigente nega ter deixado de ser amigo do presidente do Vasco, Eurico Miranda, e não descarta uma negociação envolvendo jogadores do Fluminense.
"Nunca houve essa dissociação minha com o Eurico. Estamos no Clube dos 13. Ele é vice-presidente e sou presidente da comissão de negociação com a TV Globo. A gente tem estado juntos pelo menos uma vez por semana. Nunca houve nenhum problema meu com o Eurico. É o tal negócio, uma coisa que passa desapercebida e acaba virando um monstro. A gente tem que pensar um pouco mais como ser humano. Estou falando por mim. \"Tem que ceder. Ele vai querer jogar no Vasco\". O problema é uma opção dele. Ele não quer jogar no Vasco. O que vai fazer? Vamos ver como a gente pode contornar isso, se é ressarcindo o Vasco, trocando por outros jogadores. A gente tem que negociar isso, abrir negociações. Foi o que a gente procurou fazer ontem. Não existia ambiente mais propício do que um festivo como foi a, entre aspas, despedida do Romário".
"Tudo isso hoje... Isso é business. Hoje existe um lado comercial. O lado judicial, todas as pessoas sabem. Quando você tem advogados, juízes, desembargadores competentes, vai levar dois, três anos essa brincadeira. E não é brincadeira, porque envolve famílias, a profissão de um ser humano. Acho que isso já está, a meu ver - quem está falando é Roberto Horcades -, passando do meu limite".
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