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Presidente do Corinthians avisa Dinamite: "Série B é um inferno"

Recado do Corinthians para o Vasco: a Série B é um inferno, sim. Àqueles que apregoam por aí que cair para a Segunda Divisão pode ser uma chance de reestruturação, o presidente do Timão, Andrés Sánchez, tem conhecimento de causa para avisar que a queda detona qualquer clube e, sem a menor cerimônia, diz que é a pior dor de sua vida. E dispara contra a FBA, entidade gestora da Segunda Divisão, por amadorismo.

— Para time grande, a Série B é um inferno. Quem perde é a Série A. Não é a Série B que ganha um time grande. Não gosto de falar, me emociono. Como não perdi os pais e nem meus filhos, digo que é a maior dor da minha vida. É indescritível — afirma.

Tão traumatizado, Sánchez trata a competição como passado, evita até falar. Mas pelas coincidências se coloca um pouco no papel de Roberto Dinamite, já que, após a renúncia de Alberto Dualib, assumiu o Corinthians a seis rodadas do fim do Campeonato Brasileiro em crise política e financeira — havia encerrado a parceria milionária e obscura com a MSI. Admite ter recebido parcela de culpa, mas não contesta e torce pelo juízo perfeito dos corintianos. Roberto, assim como ele, herda problemas de oito anos da administração de Eurico Miranda:

— É normal. As pessoas culpam mesmo. Mas eu tenho culpa por ter sido conselheiro do clube antes. Assim como vejo que os sócios também tiveram. Sei porém que as pessoas sabem quem é o maior culpado.

A Roberto Dinamite, Sánchez dá seu manual de sobrevivência para este final de ano. Entre a salvação e o caos, o presidente do Timão aconselha ao vascaíno que projete 2009 com duas facetas: salvação e caos.

— Tem que pensar já no próximo ano. Ter o plano A e o B. O de ficar na Primeira e caso caia. Não pode perder tempo. Se consumar a desgraça, ele tem que agrupar a sua diretoria, se unir. E mobilizar a torcida para caminhar junto — ensina Sánchez.

Quando vira realidade, a Série B abre seu leque de adversidades: cota de TV reduzida em 50%, queda da auto-estima, credibilidade arrasada, recusa de jogadores para atuar (“Eu tive só um, mas não falo nem no pau-de-arara”, diz Sánchez). Mais do que isso, o presidente do Corinthians detona a FBA, entidade gestora da Segundona, por não pagar há quatro meses as cotas do Timão, estar mais preocupada com votos, não ter arbitral, demorar a ressarcir os clubes...

— Você vai ver o meu discurso na festa do Brasileirão. Não recebo há quatro meses e a FBA teve a receita triplicada. Não tem conselho arbitral. Vou brigar para a Série B ficar nas mãos do Clube dos Trezes e da CBF.

Fonte: Extra