Presidente do Bahia diz que clubes aguentam no máximo 3 meses sem jogos
Diante de uma provável crise financeira no futebol brasileiro com a paralisação do esporte por causa do novo coronavírus, Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, participou da Faixa Especial SporTV deste sábado e analisou os possíveis cenários para os clubes nos próximos meses.
Questionado sobre quanto tempo, financeiramente, as equipes poderiam suportar ficando sem partidas para disputar, o presidente traçou duas possibilidades, ambas dependendo da forma como o clube compõe suas receitas.
– Na situação atual, depende muito de como é composta a receita do clube. Se considerar que a TV vai manter contratos, que o campeonato será adiado, mas não cancelado, nem reduzido, considerando que não teria evasão de sócios, de patrocinadores, diria que um clube aguenta dois ou três meses, no máximo. Se essa rede que sustenta o clube for mais frágil, tem clube que não suporta 30 dias – projetou o presidente do Bahia.
– É um momento apreensivo no país, temos que pensar em como ajudar o país a superar essa fase difícil que, tenho certeza, será superada. Temos discutido modelos de contrato, de campeonato, impactos que vamos sofrer para passar por essa fase sem sofrer tanto. Está claro que é algo atípico, inesperado para qualquer clube que se planeja. Vamos ter que ajustar – disse Guilherme Bellintani.
Guilherme Bellintani também falou sobre as projeções do próprio Bahia para o ano de 2020, que previam cerca de R$ 180 milhões de reais de faturamento.
– Nosso projeto de faturamento nesse ano é de R$ 180 milhões, mas acho difícil que chegue em 200 ou até nesses R$ 180 milhões. Dobramos nos últimos dois anos nosso faturamento, pretendemos continuar crescendo. Se for algo rápido essa pandemia, o que não é indicado agora, até conseguiríamos manter o orçamento, mas acho difícil. Haverá queda não só do Bahia, mas de todos os clubes – analisou Bellintani.