Presidente da FERJ critica Vasco por não avisar sobre amistoso
O presidente da FFERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), Rubens Lopes, esteve no Super Futebol Tupi deste domingo (12/05), para bater um papo sobre o atual momento do futebol carioca. O dirigente defendeu o Campeonato Estadual, e exaltou a importância dessa competição para o futebol.
Dizem que o Estadual é o grande problema do futebol brasileiro, esquecendo que sem o Estadual vamos elitizar o futebol, deixar de gerar um número significativo de emprego e reduzir a probabilidade do surgimento de novos talentos, tudo isso porque teremos 20 clubes disputando a primeira divisão. Quantos jogam a Libertadores no Rio? Ano passado foram três, este ano só um, ano que vem pode não ter nenhum, e se não tiver que competição vão jogar? A Sul-Americana? Brigam para disputar este campeonato e depois colocam reservas. Os Campeonatos Estaduais são extremamente importantes, assim como os Nacionais e Internacionais. Os clubes tem que fazer carreira, primeiro ser o melhor do município, depois do estado, do Brasil e do Mundo.
Rubens Lopes também avaliou a utilização do estádio de São Januário para a Itália durante a Copa das Confederações, lembrando que no Rio de Janeiro, tanto o Engenhão quanto o Maracanã ainda não estão sendo utilizados. Ele também revelou que o Vasco não comunicou a FFERJ quanto ao amistoso realizado no último sábado (11/05), em Juiz de Fora, contra o Tupi-MG. Vale lembrar que o Flamengo jogará em Juiz de Fora contra o Campinense no dia 15, porém, obteve a liberação da Federação.
Antes de chegar ao Maracanã tem a questão de São Januário cedido para a Seleção da Itália. Existe uma obrigação por norma esportiva que um clube só pode jogar uma partida fora de seu estado para jogar com autorização da Federação e conhecimento da CBF, mas o Vasco pegou o ônibus e foi para Juiz de Fora sem avisar ninguém. Ou seja, autônomos e independentes. Até por conta das cobranças de ingressos, e o Vasco não poderia ter saído daqui sem a regularização de sua situação junto com a CBF. A função da Federação é ajudar os clubes a reforçar cada vez mais o futebol do Rio de Janeiro, e por isso não podemos ficar insensíveis com a situação atual, com Maracanã e Engenhão fechados. E combinamos primeiramente com o Botafogo e depois o Flamengo, e assumimos o compromisso de viabilizar, ou pelo menos não colocar dificuldades para que os clubes aumentem suas receitas jogando em outros estádios de outros estados, desde que observadas as condições legais que isso vai acontecer. O primeiro jogo do Flamengo vai ser disputado em Juiz de Fora, e o clube também pediu para jogar em outro estádio contra a Ponte Preta, revelou.
O dirigente também deu sua opinião sobre a não utilização do Maracanã, lembrando que outros estádios reformados para a Copa das Confederações e para a Copa do Mundo de 2014, como a Fonte Nova, o Castelão e o Mineirão estão recebendo até clássicos regionais.
Em relação ao Maracanã eu não consigo entender a não utilização. O Castelão está tendo jogos, a Fonte Nova tendo Ba-Vi, no Mineirão Atlético Mineiro e Cruzeiro, e no Rio não tivemos nenhum jogo oficial. Bom, a tentativa era que tivéssemos o Fluminense jogando no Maracanã, jogo de uma camisa só, o Flamengo na Copa do Brasil, e quem sabe a última partida do Carioca no dia 19 ser disputada no Maracanã. A conquista do Botafogo descartou a utilização do estádio no dia 19, quando a viabilidade estava próxima a acontecer. Do lado do Bellini as coisas estão praticamente prontas. Do lado da UERJ ainda está um canteiro de obras, e o risco de segurança é grande por isso. Além do que, no interior do Maracanã nem tudo está pronto, e para utilizá-lo tem que paralisar a obra, e cada paralisação dessa, segundo o secretário, atrasa em três dias o cronograma. Assim que o estádio estiver pronto não vejo motivo para não utilizar, finalizou.