Futebol

Presidente da FERJ analisa atual momento dos clubes cariocas

O Rio vira o jogo
RUBENS LOPES DA COSTA FILHO*

O futebol fluminense está mostrando um novo perfil. Após a conquista da Copa do Brasil pelo Vasco da Gama, três times cariocas, incluindo o Gigante da Colina, ocuparam três das quatro primeiras posições do Campeonato Brasileiro e conquistaram o direito de disputar a principal competição sul-americana de futebol, a Copa Libertadores da América. Este momento traz à tona, mais uma vez, o debate sobre o sucesso do esporte no estado. Nos últimos cinco anos, além da vitória cruzmaltina, o torcedor do Rio de Janeiro comemorou dois campeonatos brasileiros (vencidos por Flamengo e Fluminense), participações até as fases finais da Copa do Brasil e na Copa Libertadores da América.

Estes avanços representam uma melhoria paulatina da nossa atuação no cenário nacional e são reflexo do trabalho árduo de fortalecimento interno do futebol estadual, como um todo. Isso parte da mudança de mentalidade. Os dirigentes, em vez de trocarem farpas publicamente, como acontecia, hoje buscam o entendimento e o diálogo com foco no interesse coletivo. Os quatro grandes estão investindo na melhoria da infraestrutura dos seus departamentos de futebol, o que, somado aos resultados, atrai o interesse de empresas que enxergam nessas agremiações excelentes oportunidades para ações de marketing. Capitalizados, os clubes conseguem contratar técnicos de ponta e trazer de volta craques do quilate de Ronaldinho Gaúcho, Juninho Pernambucano, Fred e Deco. Os clubes ditos pequenos têm, em alguns casos, estrutura de ponta, além de boas participações em nosso estadual.

A Ferj dispõe de um projeto arquitetônico padrão, para cidades e clubes que queiram investir na construção de um estádio com centro de treinamento, que também serviria para a sociedade local nos dias em que não estivesse sendo utilizado para jogos oficiais.

O Rio de Janeiro inovou na arbitragem, acrescentando auxiliares atrás dos gols. Essa medida, que visa a diminuir a possibilidade de erros, está sendo adotada pela Fifa, pela Uefa e em diversas federações por todo o mundo, de forma experimental.

Somos pioneiros, no âmbito nacional, da implantação de normas de operaçãode imprensa. Esse trabalho consiste na organização e fiscalização dos órgãos de divulgação do espetáculo futebol, de forma que todos tenham sua área de atuação predeterminada e não influenciem o trabalho do colega. Com isso, conseguimos, desde 2008, transmissões mais limpas e festas mais organizadas. Hoje, versões desse trabalho são testadas por quase todas as federações de futebol do Brasil.

*RUBENS LOPES DA COSTA FILHO é
presidente da Federação de Futebol do Rio.

Fonte: O Globo Online/ Netvasco