Futebol

Preparador físico do Vasco prevê perda física de atletas e explica trabalho

Ao mesmo tempo em que planejou os cuidados médicos, o Vasco elaborou o planejamento do que será feito quando os jogadores voltarem a treinar no clube - isso deve acontecer na sexta-feira. E há uma certeza: haverá perda física dada a longa parada provocada pela pandemia do novo coronavírus. Como amenizar o prejuízo e como recuperar os atletas é a missão da comissão técnica, em especial do preparador físico Léo Cupertino.

Há exemplos que mostram a realidade da situação. Na primeira rodada do Campeonato Alemão, após a liberação do governo e das autoridades de saúde, oito jogadores sofreram lesões. No Brasil, o Avaí identificou que os atletas perderam em média 20% da força muscular.

- Temos acompanhado bem os atletas, eles nos dão feedback diário a respeito dos treinos passados. Esperamos que eles estejam em um estágio bom, não tendo um grande déficit. Porém, é óbvio que as avaliações vão mostrar isso (perda física). Quando o atleta está treinando em alto nível, a parada influencia muito no rendimento dele. As avaliações vão nos mostrar a situação e esperamos não ter um grande prejuízo - comentou Léo Cupertino.

Desde 4 de maio, após 30 dias de férias, o elenco do Vasco trabalha em casa orientado e monitorado por profissionais do clube. A direção vascaína aguarda o resultado dos teste de Covid-19 para marcar a volta dos treinos em São Januário, algo liberado pela prefeitura do Rio.

- A gente espera, nesse primeiro momento, avaliar os atletas em uma bateria de testes. Temos um protocolo a ser seguido, no qual os treinos são individuais dentro de pequenos grupos. A gente não sabe ainda quando isso começará. Então, esperamos que a preparação física tenha tempo para fazer com que os atletas estejam em boas condições para ajudar o Vasco - acrescentou Cupertino.

A integração entre os departamentos do clube é algo comum, mas que será mais importante ainda em uma pré-temporada fora de época e mais curta do que o habitual. Estima-se que jogos, com portões fechados, possam ser disputados em junho para concluir o Carioca.

- Os atletas necessitam de um tempo para essa adaptação ainda mais após um longo tempo parado. É difícil estimar. Dependemos do calendário, sabemos que o período de recuperação entre um jogo e outro será mais curto. Então, quanto mais tempo de preparação, melhor será a preparação física. Hoje em dia, o futebol é integrado. Não adianta estar bem fisicamente e mal taticamente. Com a ideia do nosso treinador, o time vai avaliar fisicamente e taticamente. Esperamos que os jogadores atinjam a melhor forma durante as competições - concluiu o preparador.

Fonte: ge