Prefeitura do RJ e governo do estado liberam público em estádios
A Prefeitura do Rio e o governo do estado liberaram a presença do público nos estádios. O último jogo com torcida tinha sido em 11 de março, Flamengo x Barcelona, pela Libertadores.
A novidade consta das novas regras contra a Covid-19 publicadas nesta quarta-feira (13) em uma resolução conjunta das secretarias de Saúde do estado e do município. Outra medida prevê fechar shoppings em determinadas condições.
A volta dos torcedores às arquibancadas será com restrição da capacidade. A redução dependerá da classificação de risco para Covid-19 da região, divulgada toda sexta-feira pelo município.
Se a região do estádio estiver em risco moderado, as arquibancadas poderão receber 20% da capacidade e manter afastamento de dois metros entre os torcedores. Se o risco estiver alto, somente 10%, com três metros de distância para cada um; se for risco muito alto, o público não poderá entrar.
A resolução permite ainda o consumo de bebidas alcoólicas — mas somente no próprio assento. Deverá haver controle dos portões para evitar aglomerações na entrada e na saída.
O último boletim, divulgado no dia 8, trazia 18 bairros com risco alto — incluindo o Maracanã. Nessas condições, o estádio, em que normalmente cabem 78 mil pessoas, poderia receber cerca de 8 mil torcedores. Não havia bairro com risco alto.
A próxima rodada do Campeonato Brasileiro prevê dois jogos no Rio no sábado (16): Fluminense x Sport no Nilton Santos e Vasco x Curitiba em São Januário. Até a última atualização desta reportagem, não se sabia se essas partidas teriam público.
O painel de Covid-19 registrava, na manhã desta quarta-feira (13), 15.664 mortos na capital, com 175 mil casos. Em todo o estado, eram quase 27 mil óbitos e 465 mil casos.
As mortes por Covid-19 no RJ estavam com tendência de alta (+115%), segundo o mesmo boletim.
Nesta quarta, 140 pacientes com suspeita ou confirmação da doença aguardavam transferência — 62 para uma vaga na UTI e 78 para enfermaria.
Outras regras
A resolução trata ainda do funcionamento de boates, cinemas e teatros.
Casas noturnas devem interditar a pista de dança e proibir pessoas em pé entre as mesas, independentemente da classificação de risco.
Se o estabelecimento ficar em uma região com risco moderado, poderá ter metade da capacidade; com risco alto, 25%; e risco muito alto, não deve abrir.
Nas últimas semanas, no entanto, flagrantes mostraram estabelecimentos lotados e a maioria sem máscara — como em festas de pré-reveillon.
Veja as restrições em outros setores.
Cinemas e teatros
- devem ampliar o horário de funcionamento, a despeito da classificação;
- risco moderado: metade de capacidade;
- risco alto: 1/3 da capacidade;
- risco muito alto: 1/4 da capacidade, com distanciamento de 2 metros.
Supermercados e farmácias
- risco moderado: sem restrições;
- risco alto: 2/3 da capacidade;
- risco muito alto: metade da capacidade e ampliação obrigatória do horário.
Shoppings
- risco moderado: 3/4 da capacidade;
- risco alto: 2/3 da capacidade;
- risco muito alto: fechado, exceto para entrega em domicílio.
Fecham em risco muito alto
- Ambulantes e feirantes;
- Shoppings — mas restaurantes podem funcionar, para entregas;
- Boates;
- Estádios e ginásios;
- Clubes;
- Museus;
- Galerias e exposições de arte;
- Aquário;
- Conferências, convenções e feiras comerciais.
Medidas permanentes e sugestões
A resolução reforça os cuidados básicos de higiene, como a limpeza constante de superfícies, o uso de álcool para as mãos e a obrigatoriedade de máscaras.
O texto cita ainda “medidas recomendáveis”.
- Evitar ao máximo o convívio com pessoas estranhas ao ambiente doméstico e a proximidade com pessoas do convívio cotidiano que circulam por ambientes externos;
- Priorizar atividades ao ar livre, mantendo distanciamento social;
- Adotar o regime de teletrabalho;
- Deslocar-se pela cidade a pé, bicicletas, patinetes ou patins, como medida para evitar aglomerações no transporte público;
- Realizar a autonotificação via app, em caso de sintomas respiratórios.