Prass teve ajuda dos companheiros no pênalti contra o Figueirense
Competência, sorte e uma ajudinha primordial dos companheiros. Esses foram os ingredientes que ajudaram Fernando Prass a defender a penalidade diante do Figueirense, a segunda consecutiva neste Campeonato Brasileirão. E olha que, há pouco tempo, ele era seguidamente criticado por não ter bom retrospecto nos pênaltis pelo Cruz-Maltino.
Fernando Prass tem por hábito estudar os batedores de penalidades. Desta vez, porém, ouviu de Diego Souza que Júlio César cobraria no lado esquerdo dele. Juninho também conversou com o goleiro e repetiu a dica.
Para completar, Alecsandro ainda gritou, no momento da batida, questionando se Prass já sabia o lado que seria feita a cobrança. Tudo para tentar desestabilizar o atacante do Figueira. E não é que deu certo.
O goleiro sempre escolhe o canto. Então, já conta com um pouco de sorte. Mas o Diego Souza falou que o Júlio César batia de tal modo. O Juninho também. Depois o Alecsandro ainda gritou: você sabe onde ele vai bater, né? Respondi que sim. Isso não é uma fórmula, mas tem de usar tudo para tentar tirar a estabilidade do jogador. Quem bate tem sempre vantagem lembrou Fernando Prass.
Até o início deste Brasileirão, o retrospecto do goleiro pelo Vasco não era nada animador: pegou quatro de 39 cobranças. Agora, ele tem feito valer o apelido de Muralha da Colina também nas penalidades.
Nos dois pênaltis contra o Vasco na competição nacional, deu Fernando Prass. Parou Marcelo Moreno, do Grêmio, na primeira rodada e, no domingo, defendeu a batida de Júlio César.
Aniversário mais do que feliz
A defesa do pênalti serviu também como um presente para Fernando Prass, que completou 34 anos nesta segunda-feira. O goleiro considera, inclusive, que foi um de seus aniversários mais completos desde que virou profissional.
Primeiramente, pela coincidência da tabela. A família do goleiro é de Florianópolis e o único jogo que o Vasco faria neste Brasileirão no local era exatamente contra o Figueirense. Deu sorte, pois a partida caiu justamente na véspera de seu aniversário. Além disso, grande parte de familiares estavam no Orlando Scarpelli.
Com a segunda-feira de folga, o goleiro ficou por Floripa e a comemoração foi grande. Almoçou no restaurante de sua família e aproveitou para colocar a nova camisa do time no museu particular que existe no local, organizado por seu pai, Artur Prass.
Bate-bola com Fernando Prass
LANCE!: Como foi pegar pênalti justamente na véspera de seu aniversário?
Fernando Prass: Estava todo mundo no estádio: pai, irmão, cunhada, sobrinho, esposa, filhos, mãe. Sou profissional há 15 anos. São 15 aniversários. Em alguns, perdi o jogo, por exemplo. Por mais que saiba dividir, ficava triste. Não dá para separar totalmente. Ontem (domingo), foi tranquilo. Acho que foi o mais completo dos aniversários.
L!: Por sorte, o jogo caiu justamente na véspera do seu aniversário...
FP: Assim que vi a tabela do Brasileirão, percebi isso. E como teremos jogo só no outro fim de semana, a segunda-feira foi de folga. Foi realmente tudo completo.
L!: O pensamento é encerrar a carreira no Vasco?
FP: Às vezes alguém sonda, perguntando: você gostaria de vir para cá? Respondo que não quero sair do Vasco. O pensamento é esse.
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