Por que o Vasco é contra o VAR? Campello responde
O presidente do Internacional, Marcelo Medeiros, estará nesta terça-feira na CBF e terá consigo o aval de diversos clubes da Série A para pedir à entidade o uso do árbitro de vídeo nas rodadas finais do Brasileiro. Mas o Vasco é um dos que não deram benção à diretoria colorada para levar a ideia à frente. O Atlético-MG é outro que não apoiou a proposta.
O cruz-maltino reitera o posicionamento apresentado no conselho técnico da Série A, em fevereiro. O clube não concorda com o modelo no qual os clubes arquem com os custos e vai além.
— O Vasco é a favor de tudo que venha tornar o futebol mais justo. Mas os critérios técnicos sobre sua utilização também não estão claros. A implementação do VAR de forma abrupta resultou em notórios problemas na Copa do Brasil e na Taça Libertadores, gerando mais controvérsias do que propriamente solucionando as dúvidas da arbitragem em lances capitais de partidas decisivas. O VAR tem que sair a partir de discussão e um consenso entre todos os clubes, e não a partir de uma choradeira seletiva — disse o presidente Alexandre Campello.
Entre os cariocas, Fluminense e Flamengo deram OK para o Inter. Segundo a versão dos gaúchos, o Botafogo também. No caso de rubro-negro e botafoguenses, houve um reforço à posição de defesa do uso do VAR, como fora feito no conselho técnico. O Flu votou contra no arbitral, mas agora apoia a iniciativa, desde que a CBF precisa pague.
O Atlético-MG está no lado do Vasco nesse caso porque, inclusive,vê insegurança jurídica para alterar a decisão do arbitral. À época, o placar foi de 12 a 7 contra o VAR.
— Por mais que seja para melhorar o jogo, foi votado. Entendo que há até uma questão jurídica de mexer, a não ser que tenha unanimidade. O documento do Inter é uma carta de intenção. É muito mais adequado que se faça essa discussão no arbitral para 2019 — comentou Lásaro Cunha, vice-presidente do Galo.
‘Não há condições técnicas’
Por mais que o Vasco faça parte de uma minoria, o pleito encabeçado pelo Internacional só será aceito pela CBF em caso de uma remotíssima mudança de rumos na entidade. O presidente da comissão de arbitragem, coronel Marinho, reforçou a visão de que não é viável usar o VAR no Brasileirão, mesmo que seja só por uma rodada.
— Já declaramos que não há condições técnicas para isso. Teria que fechar com a empresa, fazer o treinamento do pessoal. Uma série de coisas. Já tinha falado isso na semana passada — disse o coronel Marinho, ressaltando que a cúpula da CBF pensa da mesma forma.
O dirigente pontua que aplicar o árbitro de vídeo na Copa do Brasil é algo menos complexo porque se trata de menos jogos: foram 14 na edição deste ano. No Brasileiro, são dez por rodada.
Na Copa do Brasil, a CBF pagou pelo VAR. Mas no modelo da Série A apresentado em fevereiro, os clubes assumiriam com a conta de R$ 50 mil/partida.
Fonte: Fox SportsMais lidas
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