Por ondas e segurança, Hexacampeão Vascaíno permanece no Havaí

Aqui, família e amigos. Lá, ondas e segurança. Sonhando com uma melhor performance e uma vida mais segura para seus filhos, o bodyboarder carioca Guilherme Tâmega, hexacampeão mundial, optou pelo Havaí. Há mais de 1 ano morando na ilha de Oahu, ele não pretende voltar ao Brasil tão cedo.

Pai de Kim, de 2 anos, e Kiron, de 7 meses, Guilherme sempre recebe notícias do Brasil: sobre o seu time do coração, o Vasco, e, inevitavelmente, sobre violência.

- As notícias quase sempre são horríveis. Isso me dá menos vontade de voltar – diz Guilherme, que esteve no Rio de Janeiro recentemente para rever a família e competir em Rio das Ostras.

Sua esposa, Danielle, tinha acabado de dar Kiron à luz quando soube do caso de João Hélio, menino de 6 anos morreu ser arrastado por bandidos que roubaram o carro de sua mãe.

- Fiquei em estado de choque - diz Dani.

Aos 34 anos, Tâmega presenciou algumas épocas do bodyboard. Dos tempos áureos, no início dos anos 90, às dificuldades atuais por falta de patrocinadores. Viu novos talentos surgirem, mas nem assim desanimou.

- Consegui estar no topo por várias gerações. Em preparo físico e em técnica não fico para trás. Eu sou o meu maior adversário. Sou movido a motivação. E quando eu estou bem dificilmente perco. Quero ser campeão com os meus filhos – diz Tâmega.