Futebol

Por conta do declínio físico, Edmundo deve começar no banco

Uma Kombi cheia de seguranças gastou combustível à toa para receber o time do Vasco no aeroporto. Não havia um torcedor sequer para protestar. O clima era de abatimento, mas o tom forte da decepção que havia após a goleada de 4 x 1 para o Atlético-MG, no Mineirão, foi nitidamente reduzido. Com a fisionomia fechada, o técnico Renato Gaúcho chegou à conclusão de que Edmundo não pode mais começar jogando e a tendência é que o atacante passe seus últimos jogos como profissional na reserva.

Apesar de ser admirador de Edmundo, Renato Gaúcho reconheceu que o ideal é seguir os padrões normais em relação a um jogador de 37 anos: lançá-lo no segundo tempo, quando o declínio físico dos adversários acaba equilibrando as ações. O treinador confirmou que Edmundo começou jogando porque na terça-feira, no CT do Cruzeiro, conversou com o treinador e disse que gostaria de ser lançado desde o início. “Ele conversou comigo. Disse que estava bem e resolvi escalá-lo desde o começo. Optei por ele no início porque não dá para ficar o tempo todo lá atrás”, afirmou Renato, emendando com um comentário que mostrou todo seu arrependimento. “A gente se deu mal todas as vezes em que saiu do esquema traçado.”

Motivação
Como não é de ficar choramingando, Renato já pensava num jeito de injetar confiança em seu time. Ele tem 11 dias para pensar na formação para o jogo contra o São Paulo, dia 23, em São Januário. Na chegada da delegação, o técnico tinha trocado o tom forte das declarações dadas na madrugada de ontem, quando estava muito irritado e chegou a falar em “erros imbecis da defesa”, por frases mais moderadas como: “tivemos erros infantis”. Mesmo assim, reconheceu que sua equipe teve péssima atuação.

Diferentemente de Renato, que mostrou a cara após a goleada, os jogadores saíram rapidamente do aeroporto, a maioria mostrando nítida disposição de evitar entrevistas. Um dos poucos a falar foi Leandro Amaral, que perdeu três gols e bateu um pênalti por cima do travessão. “Perder pênalti é uma das piores sensações na vida. Mas acontece. Ainda bem que errei em um momento em que podia errar”, justificou o jogador.

Fonte: Correio Braziliense