Torcida

PM quer que chefes de organizadas respondam judicialmente por torcidas

Germano Soares de Souza, de 44 anos, que estava internado no CTI do Hospital Souza Aguiar, no Centro, teve morte cerebral na noite desta terça-feira, após ter se envolvido numa briga com a torcida Força Jovem do Vasco. Considerado uma pessoa violenta, era membro da Torcida Jovem do Flamengo. A sua morte aumentou ainda mais o clima de tensão para o jogo de basquete entre os dois clubes, nesta quarta-feira, às 20h, no Maracanazinho. A polícia anunciou policiamento reforçado. Foram disponibilizados cinco mil ingressos. Os vascaínos entrarão pela portão 18 e os rubro-negros pela rampa do caracol, próxima à Estátua do Bellini.

Além deste jogo de basquete, Flamengo e Vasco se enfrentarão, nos próximos dias, em partidas decisivas de futebol nas categorias de base e na reta decisiva do Campeonato Carioca de remo. A confusão que resultou na morte de Germano aconteceu na sexta-feira passada, nas ruas do Castelo, antes de um jogo de basquete entre os dois clubes, no Caio Martins, em Niterói. A Força Jovem do Vasco e a Torcida Jovem do Flamengo se encontraram na Praça XV, onde pegariam uma barca para atravessar a Baía de Guanabara. Centenas de pessoas participaram da confusão e 52 pessoas foram conduzidas à 6ª DP (Cidade Nova), mas ninguém ficou detido. Entre eles, havia muitos menores de idade e um foragido da lei.

O comandante do Batalhão de Operações de Estádios (Bope), major Marcelo Pessoa, não é a favor do banimento das torcidas organizadas - como chegou a acontecer em São Paulo -, mas revelou que a partir de agora os seus líderes vão de fato responder judicialmente pelo comportamento nas ruas dos componentes. \"As torcidas organizadas precisam se organizar mesmo. E os presidentes serão responsabilizados porque é um cargo cobiçado, envolve dinheiro\", disse o militar, acrescentando: \"Nós também vamos atrás dessas pessoas que estão incitando a violência pela internet ou através de outros meios\".

Fonte: Globo Online