Futebol

PM precisou usar cavalaria para conter conflito entre torcidas em Salvador

A violência das torcidas organizadas teve mais um capítulo ontem no Barradão. Momentos antes de iniciar a partida entre Vitória x Vasco, um ônibus, com cerca de 50 membros da 36° Torcida Jovem do Vasco, disparou fogos de artificio em direção à multidão à frente das bilheterias do estádio.

Em pleno Dia dos Pais, mulheres e crianças foram atingidas, o que estimulou uma reação em massa dos torcedores da casa. Cenário para uma batalha campal na frente do estádio. Restou à Polícia Militar cercar o ônibus e liberar a cavalaria para conter os ânimos.

Durante a revista ao veículo foram encontrados adrianinos, bombas caseiras e uma camisa da Bamor. Todos os agressores foram conduzidos à 10a Delegacia de Pau da Lima e sequer assistiram à goleada baiana.

O responsável pelo ônibus, Leonel Misael Marques, 29 anos, disse que foi um revide: “Estávamos sendo apedrejados”. Muitos torcedores do Vitória afirmaram terem visto uma arma de fogo em poder dos cariocas e excessos da PM.

Francisco Xavier, 48 anos, mostrava o tórax roxo do filho, Franco Rafael, 19 anos. Em, prantos, Franco, procurava resposta à agressão da polícia. Xavier, que também estava com o outro filho, Gabriel, 15 anos, reclamava: “Levo os dois desde 1 ano para o estádio e nunca passei por isso”.

O capitão Átila Silva comandava a operação no local. Segundo Silva, “a PM estava acompanhando o ônibus a caminho do estádio e mesmo assim soltaram fogos na torcida local”. Átila negou excessos dos seus comandados e disse que o “procedimento foi adequado à situação”. Quanto a uma possível provocação rubro-negra, foi decisivo: “Não tem uma marca de pedra no ônibus”.

Fonte: Correio da Bahia