Planejamento resgatou a torcida, fez bem aos cofres e até os rivais se curva
Em campo, o Vasco detonou os adversários e passou como um foguete pela Série B. Ao fim do sofrimento, uma vez que acesso e título já foram conquistados, chega a hora de conferir os efeitos do furacão cruzmaltino. No clube, os números são imensamente benéficos (ver infográfico ao lado), a reaproximação com o torcedor é muito festejada e a credibilidade voltou a estar em alta. Longe dele, também, os outros não têm nada do que reclamar.
Tudo porque, por onde passaram, os vascaínos deixaram vestígios que foram transformados em renda para clubes de menor porte.
Goiânia, Brasília e Natal, por exemplo, foram os centros das atenções com o desembarque dos cariocas. Mesmo derrotados, os times locais celebram o sensível crescimento do público pagantes nas partidas em questão.
Além disso, a saúde financeira do próprio Vasco teve um superávit. Segundo dados do departamento de finanças do Gigante, por conta do sucesso do programa de sócio-torcedor O Vasco é Meu, em vias de atingir 42 mil cadastrados, da injeção da Eletrobrás e, sobretudo, da vendagem de camisas e produtos, o Vasco tem tudo para confirmar seu bom momento fora das quatro linhas com um ano otimista e cheio de receitas em 2010.
Para se ter uma ideia, apenas em arrecadação de jogos, a soma chega a quase R$ 6 milhões. Tudo bem que nos cofres da Colina só entraram R$ 1,2 milhão, em virtude de penhoras acumuladas, herança da administração anterior. Mesmo assim, o valor é bem mais significativo do que em 2008. Quando o assunto é exploração da marca, a temporada dá de goleada. A expectativa é fechá-la com cerca de R$ 1 milhão no bolso. No segundo semestre do ano passado, só recebeu R$ 79 mil.
A força do torcedor é o grande responsável por isso, mas foi fundamental que, antes de mais nada, ele tenha notado que o Vasco era de um só e, agora, é de todos observou Nelson Rocha, vice finanças, citando o slogan da campanha.
No discurso, dá a impressão de que a queda foi produtiva. Mas a diretoria não se pautou assim.
Ninguém ficou feliz, mas o lado positivo foi explorado e estamos satisfeitos. O desafio é crescer bem mais em 2010 comentou o gerente de marketing, Marcos Blanco.
Grimaldi Dantas, advogado vascaíno de joão pessoa (pb) e associado
Sou sócio do Vasco unicamente para ajudar o clube.Como quase não vou ao Rio, não utilizo os benefícios. Mas não importa. Acho que só há uma definição: é paixão! No Nordeste, fui a diversos jogos este ano.
Não ajudar seria como não dar a mão a um amigo querido quando ele mais precisa. Cheguei a ter nojo do que acontecia no clube com o Eurico. Penso até em comprar outro título.
E um dia quero morar no Rio para estar em todos os jogos.
Iron Gonçalves, dirigente do Vila Nova (GO)
Não queremos o mal dos grandes brasileiros. Mas é importante quando clubes como o Vasco vêm jogar em Goiânia, pois a repercussão é grande.
Além disso, o público sempre supera as expectativas. O Vila ronda a Série B há 12 anos, sendo que em um caiu para a C, e isso nos faz sair da rotina. Diria até que é algo vital para os clubes. Só quando estamos bem é que a torcida vai em peso. A motivação dos jogadores, em evidência, também é maior.
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