Pet Shop lança produtos de clubes para cães, mas direitos são ignorados
Tentar unir duas paixões das pessoas. Essa é a intenção da rede de pet shop Meu Amigo Pet. Desde a última semana, a loja passou a comercializar diversos produtos relacionados aos principais times de futebol do país para os animais de estimação.
Para isso, a empresa investiu R$ 20 mil na aquisição dos acessórios que variam entrem roupinhas para os animais a caminhas em formato de estádios de futebol.
Daniel Nepomuceno, CEO da empresa, diz que a ideia tem o mesmo princípio das coleções lançadas por times para seus filhos, pois muitos têm os animais como verdadeiros herdeiros.
"Basicamente tentamos unir as duas paixões, quem gosta de animal, tem bicho como um filho, como um melhor amigo. E queremos que nosso filho torça para nosso time de futebol", disse o executivo ao UOL Esporte.
A intenção do pet shop é que os produtos, que são vendidos online, cheguem à casa de mil artigos vendidos no mês de setembro. Depois disso, a empresa pretende investir ainda mais e aproveitar as retas finais de campeonatos para alavancar as vendas. Para 2014, ela cogita lançar artigos relacionados a seleção brasileira, aproveitando a Copa do Mundo de 2014.
Apesar de fazer uma alusão aos times, Nepomuceno diz que em momento algum o pet shop explora as imagens dos clubes e, por isso, nenhum dos itens conta com os símbolos das agremiações.
"Em nenhum momento, aparece o logo dos clubes. É uma linha voltada a paixão. Não são licenciados, não conversamos com ninguém, mas é uma linha que homenageia o clube. Faz mais uma alusão ao clube como o Vascão", afirmou antes de abrir a possibilidade de um projeto em parceria com os times.
"Se os clubes se interessarem por isso, eu olharei como algo positivo lançar uma linha licenciada. A gente não usa logotipo para não ter exploração de imagem, mas, se vier procurar, podemos ver algo", completou.
Presidente da diretoria o Instituto Brasileiro de Direito Desportivo e advogado do Corinthians, Luiz Felipe Santoro disse que o clube pode até impedir as vendas caso a comercialização infrinja a legislação.
"Se chegar ao clube uma venda não autorizada, infringindo a marca, o clube poderá tomar as medidas cabíveis para impedir a comercialização, mas não tenho como comentar apenas na teoria, sem ver o produto", falou Santoro.
"Infringir a marca é usar o nome, patrocinadores, qualquer propriedade do clube. Mas, primeiro precisamos ver o ganho comercial, analisar o produto e decidir. Caso se sinta prejudicado, o clube pode primeiro notificar e depois buscar os direitos", completou.
Fonte: UOL EsporteMais Lidas
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