Futebol

Personagens do Vasco revelam bastidores do Gol Monumental

Luizão: \"Soube do gol no vestiário, pela gritaria\"
Não consegui ver o gol de perto. Eu saí para a entrada do Juninho e já estava no vestiário. Estava acompanhado pelo pessoal da rouparia e soubemos do gol pela gritaria do pessoal mesmo. Era um jogo muito tenso. Todos estavam nervosos. Tinha muita pressão ali, eles saíram na frente. Foi um dos gols mais importantes daquela conquista. Ficou marcado. Eu e o Donizete também marcamos em momentos importantes da competição.

Clóvis Munhoz:
O Juninho começou a reclamar de um problema no púbis. Tentamos evitar até o último momento a necessidade de operação. Fizemos tratamentos conservadores, fisioterapia, radioterapia... Esgotado os estágios, o único jeito era operar mesmo. Apesar da idade, ele até recebeu bem a notícia. O tempo de recuperação nesses casos é de três a quatro meses. Para o jogo contra o River, ele já mostrava confiança nos movimentos. Estava recuperado.

Pedrinho: Aquela bola tinha que ser dele. Era destino
Na época, como o Juninho vinha ficando no banco por conta da lesão, eu e Ramon ficávamos mais com as cobranças de falta. Mas aquela bola tinha que ser do Juninho mesmo. Acho que foi coisa do destino. Estava muito longe para mim. Sempre bati mais de perto. Então, ele que foi para a bola mesmo. E deu no que deu. Golaço. Era um momento complicado do jogo, parecia que seria decidido nos pênaltis. Mas tudo mudou com aquela bola do Juninho.

Luisinho Quintanilha: Até entrar no jogo e fazer aquele gol, ele estava uma pilha
Dentro de campo, Juninho bateu a falta com perfeição, venceu o goleiro Burgos e fez o gol que garantiu a classificação. Mas, até entrar em campo, o jogador era pura ansiedade, tanto instantes antes da partida como durante toda a semana. É o que garante um de seus ex-companheiros de time.

– Não dá para dizer que o Juninho estava tranquilo antes do jogo porque ele era ansioso. Dentro de campo, controlava bem, mas, fora dele... Até entrar no jogo e fazer aquele gol, estava uma pilha – disse Luisinho Quintanilha, que completou: – Quando ele foi para a bola, já ficamos na esperança do gol.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance