Personagens da história do clássico apontam seus candidatos a heróis
Uma decisão entre os dois clubes de maior torcida do Rio é o palco perfeito para o surgimento de novos heróis. Uma predestinação que não faz distinções. Zagueiros e atacantes. Titulares e reservas. Novatos e veteranos. Consagrados ou desconhecidos. Todos têm a chance de deixar o clássico e entrar para a história. E neste domingo, a partir das 16h, no Maracanã, não faltam candidatos a uma vaga neste seleto hall.
— O Alecsandro está em um bom momento. É um cara que sabe fazer gol. No Vasco, acho que os cotados são o Rodrigo, que marcou no último jogo, e o Douglas, que costuma ter bastante sorte — opinou Rodrigo Mendes, protagonista da final de 1999.
Rodrigo estava despontando quando cobrou a falta que entrou no canto direito do gol de Carlos Germano. Mas há aqueles que se tornaram astros graças a um lance. Como Cocada, que só atuou por três minutos na final de 1988, o suficiente para nunca mais ser esquecido.
— Um lance que aconteceu e me deixou famoso — reconhece o último herói vascaíno. — Foi um marco na minha carreira. Marcou positivamente minha vida profissional. Depois de muitos anos ainda sou reconhecido por esse acontecimento. Sou sempre muito bem tratado pelo torcedor.
Rondinelli foi o herói rubro-negro na final de 1978.
Para ser herói não é preciso talento ou técnica refinada. O importante é estar no lugar certo, na hora certa, como Rondinelli, autor da cabeçada que definiu o Estadual de 1978.
— Vejo aquele gol como a confirmação de uma geração que poderia ter sido dizimada. Nós já tínhamos perdido em 1977 para o Vasco. Se a gente não ganha, tenho certeza de que a diretoria diria que éramos pés-frios, que não dava mais... — disse o ‘Deus da Raça’, referindo-se à geração liderada por Zico.
Ingredientes não faltam para apimentar esta final. Do lado vascaíno, um tabu de 25 anos. Do lado rubro-negro, a chance de ir à forra pela eliminação na Libertadores. O céu é o limite para o herói que está por vir.
— O Thales tem entrado bem e pode surpreender. Tudo pode acontecer — disse Marquinhos, autor do gol do título vascaíno de 82.
Para que hoje surja um novo herói, como nos velhos tempos, só não pode ser 0 a 0.
- SuperVasco