Futebol

Perda de pontos em casos de violência é defendida por presidente do Coxa

 As punições previstas na Justiça Desportiva para casos de violência no futebol brasileiro parecem não ser suficientes. Nesta sexta-feira, Atlético-PR e Vasco foram punidos com a perda de 12 e oito jogos de mando de campo, em decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Para o presidente do Coritiba Vilson Ribeiro, em entrevista no “Arena SporTV” antes mesmo da proclamação da decisão, é preciso prever também a perda de pontos, para que os clubes passem a se preocupar mais com tal problema.

- Entendendo que só a punição dos clubes com a perda de pontos é que vai mudar o contexto da avaliação dos clubes no item segurança, e os clubes terão que investir sim na segurança. Esse é um problema sério, que tomou uma dimensão não aceitável. Se nós queremos um futebol sadio, uma torcida feliz e que acredite no futebol, temos que dar condições para que essa torcida compareça aos estádios. Acho que esta punição é pedagógica e muito importante, só temos que ver a dimensão dessa pena, a forma de aplicá-la e, principalmente, teríamos que ter cuidado para não ter uma pena excessiva em que o clube seja punido além de sua responsabilidade - ressalta o dirigente.

Além das perdas de mando de campo, Atlético-PR e Vasco ainda foram multados, respectivamente, nos valores de R$ 140 mil e R$ 80 mil. Vilson Ribeiro pede penas mais altas, que doam mais no bolso dos clubes.

- Sou favorável também ao aumento da punição pecuniária, porque a pena de perda de pontos aliada à pena pecuniária vai obrigar os clubes a trabalhar muito na questão da segurança. Acho que os clubes podem minimizar muito essa questão, principalmente dentro dos estádios.

O presidente do Coritiba também acredita que a segurança praticada nos estádios hoje em dia precisa ser aprimorada, e que aqueles locais que não atendam a uma rigorosa série de requisitados seja interditado.

- Entendo também, e essa é uma posição minha, do Vilson, que o nível de padrão de segurança dos estádios tem que ser aprimorado, e tem que ter um instrumento legal para que todos os estádios obedeçam a esse padrão de segurança. Não podemos permitir, por exemplo, que as torcidas se encontrem durante o jogo, temos que ter a inteligência policial à disposição dos clubes, e também do público em geral. Um estádio que não atenda a essas condições tem que ser interditado - conclui.

Fonte: ge