Pequenos têm objetivos mais modestos
Enquanto os quatro grandes entram na competição somente interessados no título, os clubes de menor investimento compartilham de um objetivo inicial um pouco mais modesto: terminar o certame entre os oito primeiros colocados e garantir vaga na Série C do segundo semestre.
\"O projeto número um é a classificação para a Série C. Esse é o nosso objetivo, porque queremos estar na Série B de 2007. Isso será uma solução para os nossos problemas, porque estaremos competindo em alto nível o ano todo\", disse o presidente do América, Reginaldo Mathias.
\"Costumo dizer que a Série C é o inferno, e temos de passar por ele. Depois vem a Série B, que é o purgatório, e a Série A, que é o céu\", brincou Mathias.
Debutante na Primeira Divisão do Rio de Janeiro, o Nova Iguaçu do experiente meia Zinho, estreou vencendo o Flamengo na primeira rodada. Contudo, nem o início animador contagia o jogador, que chega a traçar metas iniciais ainda mais modestas que as americanas.
\"A permanência na Primeira Divisão é o nosso principal objetivo. Aí, em cima disso, vamos tentar nos classificar para a Série C do Brasileiro e buscar ficar entre os três primeiros clubes pequenos, que garantem vaga para a Copa do Brasil do ano que vem. Mas sempre com os pés no chão\", disse o tetracampeão.
Contudo, apesar de os clubes de menor investimento adotarem um discurso modesto quanto às suas pretensões inicias, o sucesso do Volta Redonda, vice-campeão estadual em 2005, não é esquecido.
Desta forma, ao mesmo tempo em que dizem que a classificação para a Série C é o mais importante, pois garantiria um ano inteiro de atividade, a conquista do Estadual não é encarada como um delírio.
Se agarrando ao tempo de preparação que tiveram - no geral, os pequenos se prepararam durante três meses para torneio -, os clubes acreditam que o sucesso do Voltaço poderá ser repetido.
\"Sabemos das dificuldades, mas também vamos lutar pelo título. No ano passado equipes como Volta Redonda e a própria Cabofriense mostraram que podem chegar longe. Estamos nos preparando há três meses para a competição e não podemos pensar diferente. O futebol está muito nivelado, hoje em dia não basta ter camisa\", disse o técnico da Cabofriense, Ademir Fonseca.
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