Futebol

Pedrinho: "Fiz um esforço grande para voltar ao Vasco"

O meia Pedrinho esteve em São Januário nesta terça-feira para sacramentar a sua volta ao Vasco. O jogador realizou exames clínicos com o médico Alexandre Campello e vai voltar ao clube para fazer os testes laboratoriais. A assinatura do contrato só vai acontecer na quarta-feira, quando o jogador será apresentado oficialmente como o novo reforço da equipe cruzmaltina.

Nesta terça-feira, Pedrinho se encontrou com o presidente Roberto Dinamite em São Januário e recebeu as boas vindas do dirigente. No bate-papo com a imprensa, o meia afirmou que abriu mão de alguns valores do seu contrato, falou que vai estar pronto para atuar em dez dias, e relembrou um pedido antigo do seu pai de voltar a jogar na Colina.

GLOBOESPORTE.COM: Quando você vai estar pronto para atuar pelo Vasco?

PEDRINHO: Em sete ou dez dias vou estar pronto para jogar. Tudo vai depender das avaliações que estão sendo feitas.

Todos percebem que você está feliz de estar retornando ao Vasco. Como você está se sentindo?

Estou muito feliz de rever as pessoas que conheci aqui em 1983, quando cheguei. Nunca escondi o meu carinho e o meu amor pelo Vasco. Em todos os clubes que eu passei, eu honrei o que foi combinado. O desejo de voltar é por eu ser vascaíno e por querer estar aqui.

E como foram as negociações?

Fiz um esforço grande para voltar ao Vasco. Recebi outros convites, mas a minha preferência foi o Vasco. Espero que esse esforço seja recompensado. Tive que abrir mão de algumas propostas. Abri mão até do que eu queria receber. Houve um esforço grande do Roberto e da minha parte para que eu retornasse ao Vasco.

E como vai ser o contrato?

O salário base é fixo e tem um valor por produtividade. O nome não se encaixa muito bem com a forma como o contrato vai ser cumprido. Seria pela seqüência de jogos que você faz. Acho válido porque eu tenho um histórico e não é nenhum preconceito. Tive uma conversa com o Roberto Dinamite e fiquei muito feliz por isso.

Você chega para ser uma das estrelas do time?

Olha, eu gosto de ser normal. Sou como os outros. Chego para ajudar o treinador.

O Vasco não vive uma boa situação no Brasileirão, você teme ficar com a sua passagem pelo clube manchada caso o time não faça uma boa campanha?

É uma coisa que algumas pessoas me falaram. O Vasco é grande é quem está aí sabe disso. Quem está aí pode mudar essa situação. Eu e Felipe, quando fomos promovidos, também não éramos conhecidos dos torcedores. Quando eu subi, em 1995, o Vasco vinha de uma seqüência de cinco derrotas e nós perdemos o sexto jogo. Na partida seguinte, contra o Cruzeiro, o nosso time começou perdendo por 2 a 0, mas virou para 3 a 2. Foi aí que tudo começou. O Vasco está com problemas, mas tudo é reversível. Passei a minha infância aqui, jogava campo e salão, e o meu pai trabalhou muito tempo aqui no Vasco.

O seu pai trabalhou no Vasco?


Meu pai trabalhou de motorista aqui por muitos anos. Ele faleceu quando eu estava nos Emirados Árabes. Por isso, eu quis voltar ao Brasil. A minha volta ao Vasco também tem um pouco do meu pai. Ele queria me ver atuando novamente no Vasco por ser vascaíno. Onde quer ele esteja, ele vai assistir aos jogos.

Quando foi o seu último jogo oficial?

Foi no fim de maio ou no início de junho. Não lembro bem. O meu biotipo é bom e vou estar pronto para ajudar o time o mais rápido possível. A semana de treinos na Granja Comary vai me ajudar muito.

Fonte: ge