Pedrinho esclarece andamento de negociações do mercado vascaíno

O presidente Pedrinho falou nesta quinta-feira (9) sobre o andamento das negociações por reforços do Vasco da Gama. O dirigente esteve presente à festa de inauguração do Campeonato Carioca e falou brevemente com os jornalistas presentes. No bate-papo, ele disse que o clube está sendo cauteloso mas pontual na busca por novos jogadores em 2025. De acordo com ele, o Cruzmaltino já mapeou as carências do elenco e tenta fazer as reposições necessárias.

“Desde que eu cheguei, a gente tem trabalhado da forma mais discreta possível. Pois a concorrência financeira é grande e qualquer informação aumenta o nível das propostas. Então, já identificamos os pontos necessários e respeitando nosso orçamento, estamos tentando montar um time competitivo para a temporada. Temos que ser assertivos porque o dinheiro é curto. Conseguimos acelerar alguns processos, como o do Tchê Tchê, mas outras demoram um pouco mais. Tivemos duas perdas num setor, mas pudemos repor com jogadores de potencial. Já estamos em negociação com outros setores, mas só vou falar depois que estiver assinado”, disse Pedrinho, que considera as melhorias do CT como fundamentais para se tornar mais competitivo no mercado:

“Isso faz parte de todo o processo para atrair e contratar jogadores. Eles se falam, às vezes eles optam por clubes que pagam menos, mas têm uma estrutura melhor. Quando cheguei ao clube, quase no meio do ano passado, vendo que nada do que estava previsto em contrato tinha sido feito, me assustou muito. Mas eu tinha que arcar com outras prioridades. Muitos jogadores tinham valores atrasados de luvas, precisei acertar também valores de transferências, pra evitar o ‘transfer ban’. Mas terminamos o ano como eu queria, sem precisar adiantar nenhuma receita de 2025. Me incomoda a questão do CT, porque acho que o clube merece muito mais e o contrato previa melhorias que não foram feitas. Temos que trazer essa questão à mesa porque tem gente que usa isso para fazer política dentro do Vasco”.

Veja abaixo outros pontos da entrevista:

Análise do elenco

“A gente tem o retorno de jogadores importantes. Houve alguns que se lesionaram, que seriam importantes no ano passado, como Adson e David. O David só deve voltar lá para setembro, mesmo. Mas temos bons laterais, um bom setor defensivo, um bom meio-campo. Identificamos as outras carências no elenco. Se olharmos friamente, o Vasco pode competir forte em algumas competições. Se equilibrarmos a questão financeira e formos assertivos nas contratações, pode funcionar. Para isso, esses jogadores vão ter que funcionar o mais rápido possível. Acreditamos que alguns jogadores podem render melhor do que renderam no passado. Estamos honrando com os jogadores do nosso elenco, mesmo com atrasos que não foram feitos por mim”.

Venda da SAF

“É repetitivo e chato, mas tenho que falar. Eu não posso cobrar que alguém faça uma proposta. Aí, dizem que eu não tomo iniciativa. Mas a minha iniciativa é esperar uma posição dos investidores. Então, a gente fica na expectativa de que façam uma proposta ou que abram mão, até para não iludir a torcida. No momento, todos os interessados estão no mesmo nível de avaliação. Caso não haja nenhuma proposta, meu dever é manter todas as contas em dia. Não tem outro caminho sem ser pagando dívida. Ela era, supostamente, de R$ 700 milhões, depois vimos que era de R$ 900 milhões, mas depois se tornou de R$ 1,4 bilhão”.

Chegada de Fábio Carille

“A gente tem que identificar os comentários de uma avaliação pelo trabalho, pelo nome do Carille, e outra coisa é quem sobrevive do caos do Vasco. Ele é um cara muito vitorioso na carreira e as pessoas desmereceram isso. A leitura das posições, da parte dele, bateram com as nossas.

Mais acesso da imprensa nos treinos

“A gente fez isso na apresentação, trouxe a imprensa para dentro do CT. Obviamente, eu sempre fui a favor disso porque tenho uma relação e um entendimento com os profissionais que trabalham. E os atletas também começam a compreender isso. Quando vocês (jornalistas) estão ali, existe uma proximidade e o conteúdo fica mais completo. Eu já vinha avaliando, deixar uns 15 ou 20 minutos no aquecimento inicial, e depois saem. Já demos um pontapé inicial e isso é algo que estamos observando”.

Sul-Americana é prioridade?

“A gente, internamente, coloca alguns objetivos mais palpáveis. Mas, se perguntassem no começo do ano passado se chegaríamos numa semifinal de Copa do Brasil, com certeza todos diriam que não. Foi uma surpresa para todo mundo. Nas competições que exigem menos de um elenco grande, como as de mata-mata, é claro tem mais chances. Então, a Copa também é muito importante para nós”.