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Pedrinho comenta sobre futevôlei e espera ver o esporte como olímpico

Após se arriscar no showbol e no futebol 7, Pedrinho resolveu transformar um hobby em um desafio. Ídolo do Vasco nos gramados, o ex-meia aceitou o convite para defender o Rio de Janeiro 1 na primeira edição do Brasileiro de Futevôlei 4x4, neste final de semana, no Rio. Ao lado de Marcelinho, Rodrigo ET, Duca e Eduardinho, foi um dos protagonistas da conquista do título nas areias da Praia de Ipanema, assegurando a vaga para o Mundial de 2014, ainda sem data e local definidos. Pedrinho preferiu deixar em aberto a possibilidade de disputar o torneio no ano que vem e disse que o futevôlei tem tudo para evoluir. Segundo ele, os clubes de camisa deveriam abraçar a modalidade para atrair mais admiradores, campeonatos e, quem sabe, incluir a modalidade no programa olímpico no futuro.

- Seria bom ver o futevôlei se tornar um esporte olímpico, nós conversamos muito sobre isso e acredito que os ex-jogadores de futebol e atletas profissionais de futevôlei deveriam apoiar essa causa. Acho importante os clubes abraçarem o futevôlei, não só o Vasco como outros times pelo Brasil inteiro. Temos tudo para realizar um Brasileiro de qualidade. Isso vai trazer cada vez mais pessoas para as arenas e, com mais torcedores, poderemos ter mais campeonatos. Disputar uma Olimpíada é o sonho de muitos atletas que estão aqui, como o Marcelinho e o Eduardinho. Por enquanto, vamos pensar no Mundial. Vou esperar o convite e treinar bastante, com mais dificuldade ainda - analisou o ex-meia.

 Castigado por sucessivas lesões no joelho, Pedrinho anunciou a sua despedida dos gramados depois de uma passagem apagada pelo Figueirense, no fim de 2009. Viveu um período sabático, momento que serviu para desfrutar a sua liberdade, aproveitar a vida com os amigos e viajar o mundo. Após dois anos, voltou às origens e acertou com o Olaria para a disputa do Carioca de 2012. O último jogo de Pedrinho com as cores do time da Colina foi no dia 13 de janeiro deste ano, quando o Vasco derrotou os holandeses do Ajax em um amistoso comemorativo por 1 a 0.

Conhecido pela habilidade e um vasto repertório de dribles no futebol, Pedrinho escolheu o futevôlei há quatro anos como passatempo para encontrar amigos e manter a forma física. "Rato de praia", o ex-meia de Vasco, Palmeiras, Fluminense e Santos é figurinha carimbada nos treinos do projeto Bom Treino, na Zona Oeste do Rio, um minicentro montado na Praia da Barra da Tijuca.

 - Comecei a praticar o futevôlei há quatro anos pela saúde e para curtir com os amigos. Depois de uma carreira estressante, passei um período de três a quatro anos só curtindo. Viajei bastante, aproveitei com os meus amigos e fiz tudo o que eu não podia fazer quando era atleta, às vezes, em exagero - contou Pedrinho.

Criado nos anos 60 nas praias do Rio e inicialmente batizado de "pévôlei", o futevôlei é uma mistura de futebol e vôlei de praia, na qual os jogadores usam apenas os membros inferiores - a cabeça, os ombros, o peito e as costas (exceto os braços e as mãos) - para tocar a bola. Cada quarteto ou dupla pode dar até três toques, sendo que um atleta não pode tocar duas vezes seguidas. Os pontos são marcados quando a bola bate em um rival antes de cair na areia ou vai para fora. Grandes nomes dos gramados, como os tricampeões mundiais Jairzinho e Fontana, e o argentino Doval, também estão entre os pioneiros do futevôlei.

Fonte: ge