Paulo Angioni: "Edmundo não tem culpa de nada"
O superintendente de futebol do Vasco, Paulo Angioni, fala sobre o atacante Edmundo, que anunciou a sua aposentadoria no final da tarde desta quinta-feira (29/05), mas retornou a São Januário na manhã desta sexta-feira e cumprirá o seu contrato até o dia 20 de janeiro de 2009.
O Animal tinha tomado a decisão de encerrar a carreira como jogador profissional em decorrência da perda do primeiro e único dos dez pênaltis na derrota por 5 a 4 para o Sport, após vitória por 2 a 0 no tempo normal, na Colina Histórica, pela partida de volta das semifinais da Copa do Brasil. Com o resultado, o Gigante da Colina, que tinha perdido o jogo de ida por 2 a 0, em Recife, foi eliminado da competição.
"Não sei se ele se convenceu de não ter culpa. Espero que sim, até porque pênalti são coisas que acontecem de se perder. Lamentavelmente para ele, perdeu em algumas situações decisivas. Isso marca um pouco mais, mas ele não tem por que ter culpa de nada. Agora, tenho certeza absoluta que ele está muito confortado hoje pelas pessoas que convivem com ele, que é das quais ele depende para ser feliz dentro do futebol - exatamente o grupo de jogadores do Vasco, a direção, o presidente [Eurico Miranda], treinador [Antônio Lopes]. Todos mostraram a ele o quanto é importante. Nesse aspecto tenho certeza absoluta que ele está realmente bastante confortável", disse à repórter Thayssa Bravo, da Rádio Globo.
O dirigente, que é formado em psicologia, comenta o ato de Edmundo, que raspou a cabeça.
"É até certo ponto uma auto-punição para ele mesmo. Não acho que ele deveria se punir, muito pelo contrário. Ele tem muitas glórias, muita satisfação e alegria já dada à torcida não só do Vasco, como de outros clubes por onde passou. Não tem por que ele se punir".
Atuando pelo Vasco, o atleta já tinha desperdiçado outras duas penalidades em confrontos decisivos. Na final do primeiro Campeonato Mundial de Clubes da FIFA, em 2000, após empate por 0 a 0 com o Corinthians no tempo normal e na prorrogação, no Maracanã, chutando para fora do gol defendido por Dida, e no início do segundo tempo da derrota por 2 a 1 para o Flamengo, pelas semifinais da Taça Guanabara de 2008, quando o jogo estava empatado em 1 a 1 e a cobrança foi facilmente defendida por Bruno.
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