Paraná retorna ao palco do rebaixamento
Hoje à noite, às 21 horas, contra o Vas co da Gama, no Rio de Janeiro, o Paraná precisará encarar seu mais recente fantasma. Há quase dois anos, no mesmo estádio de São Januário, enfrentando o mesmo time carioca, o Tricolor desabou. A goleada por 3 a 0 foi o último ato de uma péssima campanha, que culminou em algo que o torcedor paranista evita lembrar: o rebaixamento para a Segunda Divisão do Bra sileiro.
Além de reencontrar o palco e o coadjuvante de uma página triste de sua história, o Paraná também terá, mais uma vez, a oportunidade de engrenar na Série B. Ainda sem treinador oficial desde a saída de Sérgio Soares, quem fica com esse desafio é o auxiliar técnico e agora comandante interino, Ageu Gonçalves. Coinci dência ou não, a única vitória tricolor na casa vascaína, em 2003, por 4 a 1, contou com a presença do ex-zagueiro paranista.
Jogar em São Januário sempre é complicado. A situação era parecida com a que vivemos hoje. O time deles era mais qualificado, não vinhamos bem. Entramos em campo concentrados e a zebra apareceu. Dessa vez eles vão buscar a liderança, mas vamos fazer o nosso trabalho, porque precisamos do resultado. Não estamos nada confortáveis com a nossa situação na competição. Precisamos melhorar muito e nada melhor do que conseguir um resultado positivo frente ao Vasco para começar.
As dificuldades, porém, não se limitam a enfrentar um vice-líder da competição, com 43 pontos, em busca da dianteira isolada. Fora de seus domínios, o Paraná conquistou apenas duas vitórias em 11 partidas. Para piorar, o time insiste em flertar com um inimigo que pode acabar com o sonho do acesso à Série A: a instabilidade.
Tivemos alguns momentos de desatenção. Quando a gente jogava com times mais fortes, redobrávamos o cuidado. Mas quando enfrentamos times mais fracos, perdemos a atenção e aí fomos surpreendidos. Temos que trabalhar forte em todos os momentos porque todos querem ganhar. E hoje no futebol ganha quem tem mais vontade, garante o atacante Welling ton Silva.
Para o zagueiro Freire, titular no triunfo do primeiro turno sobre o adversário de hoje, o jogo ganha uma importância ainda maior, pois pode definir o futuro do time. O nosso objetivo daqui para frente depende desse resultado. Quando ganhamos do próprio Vasco e do Guarani, que eram líderes, demos uma arrancada boa, lembra.
Temos de ser inteligentes dentro da partida. É preciso ter a posse de bola pelo máximo de tempo possível. O torcedor do Vasco cobra muito. Tranquili dade é essencial para aguentar a pressão inicial deles. Depois a torcida pode acabar sendo um fator positivo para a gente, diz Ageu.
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