Parada dura antes da festa

Rio - O torcedor que for ao Maracanã assistir ao possível retorno do Vasco à Série A, amanhã, não deve esperar espetáculo. Para o goleiro Fernando Prass, o Juventude entrará em campo bem fechado e com a proposta de dificultar a vida do líder da Segundona. A equipe gaúcha soma apenas 40 pontos e briga contra o rebaixamento para a Série C.

“Vai ser um jogo não muito bonito. Eles virão na postura de preencher espaço e usar o contra-ataque, até pelo tamanho do Maracanã. Ainda tem a ansiedade da torcida para o Vasco marcar logo... Então, é um jogo muito perigoso”, alerta o camisa 1.

Apesar do discurso cauteloso, Prass assegura que o Vasco vai para cima. “Temos que ter atenção para não levar gols, porque eles sabem jogar em vantagem no placar, mas também ir a campo com uma postura agressiva, porque precisamos do resultado”, explica.

Único vascaíno que disputou os 33 jogos da Série B, Fernando Prass não esconde sua ansiedade para o momento que chama de ‘recompensa’ e já tem em mente o que considera a atuação ideal. “O melhor jogo é o que o goleiro não leva gol. Para mim, isso seria excelente”.

Mesmo com longa experiência, o goleiro ainda fica impressionado com o apoio da torcida vascaína na Segundona. “Quem não sente nada tem algo errado. É hora de ver o trabalho ser recompensado e colher frutos de um ano bastante sofrido”.

Fernando Prass não participou da pré-temporada vascaína, em Vila Velha (ES), em janeiro, mas lembra bem das dificuldades no início do ano. “ O grupo chegou muito desacreditado. Os comentários eram os piores possíveis, e muitas vezes não tem como contestar, só no campo. Agora, estamos dando uma boa resposta, porque os jogadores foram muito valorizados”, diz o goleiro, que tem mais um ano de contrato e deve ficar na Colina em 2010.