Para pegar o Inter, Elton fez fisioterapia de madrugada
Em uma recuperação com raríssimos precedentes em São Januário, Elton pôde estar em campo e, melhor, fazer um golaço contra o Inter, na virada de quinta-feira.
Apenas 24 horas antes, porém, saía do clube apoiado por muletas e tinha, no dia da fatídica invasão dos torcedores, a notícia de que o tornozelo direito o impediria de atuar.
Sem desistir, o atacante seguiu para o hotel da concentração e foi alvo dos mais diversos experimentos realizados pela equipe de fisioterapia do Vasco. De gelo a crioterapia (aplicação terapêutica de substâncias para a retirada de calor corporal), o local desinchou e o camisa 9 teve a chance de mostrar toda sua vontade a quem o ameaçou.
Sabia que não podia ficar fora, o jogo se tornou decisivo e representava muito para mim. Aquela situação (invasão do treinamento) foi ruim e coloquei para os médicos que faria tudo para jogar lembrou Elton, com exclusividade, ao L!.
Destacado para a missão de deixar o atacante em condição de jogar, Fernando Campbell passou a quarta de olho no paciente. E ganhou elogios dele, que citou a pouca frequência com que se lesiona.
Foi um trabalho muito bacana e agradeço a eles por isso. No fim, fomos recompensados. Não fui 100% para o jogo, mas quase não sentia dores. Sempre estou bem e pronto para jogar, acho que também ajudou disse Elton, que apanhou algumas vezes no tornozelo:
Acho que os defensores do Inter já sabiam da minha lesão e resolveram me acertar, né? (risos).
Por conta de casos como o de Jeferson e, atualmente, Carlos Alberto, o departamento médico do clube sofre restrições. A bola dentro, desta vez, bateu recordes e surpreendeu até quem estava de plantão.
Era preciso aguardar 24 horas, até para ver a reação do atleta. Ainda assim, com o grau de lesão baixo, o prognóstico inicial era de veto afirmou Alexandre Campello.
Além de tudo, o espírito que a equipe mostrou no segundo tempo da partida foi contagiante, o que fez Elton suportar as fortes dores:
Pedi para sair, mas desisti.