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Para evitar superexposção de atletas, Rodrigo Caetano quer adotar padrão de

O roteiro parecia o dos sonhos de Robinho. A chegada ao Vasco, boas atuações e um gol no último sábado. Mas o Robinho que chegou ontem no Rio após a vitória sobre o Vila Nova não sorria e mostrava claro malestar.

Num Vasco que orienta seus atletas à conduta mais próxima possível do padrão, dentro e fora do campo, a expulsão do atacante em Goiânia foi o ponto final de uma sequência de dias em que ouviu mais repreensões do que elogios.

Quando tirou fotos para um jornal imitando passos de Michael Jackson, um dia após comemorar assim seu gol contra a Ponte Preta, Robinho foi cobrado no clube. O técnico Dorival Júnior também o repreendeu.

Após a expulsão, Dorival explodiu e disse que faltara a Robinho “concentração e preparação para o jogo”. Para ele, o jogador se deixara levar pelos elogios.

— Dorival pediu cuidado (com as fotos). Mas isso não influiu. Pode ter faltado concentração no lance, mas me preparei para o jogo. Os elogios não interferiram — disse Robinho.

— Assumo o erro, mas só tentei tirar a mão do jogador do meu rosto. Não deveria ter feito.

Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol, defendeu a adoção de um padrão de comportamento.

— Ao menos, o padrão protege os profissionais e evita que fatos como este aconteçam. A comemoração do gol é normal, mas as fotos geraram superexposição.

Todos são instruídos e a cada semana temos mais cuidado com um. — disse Caetano, evitando falar da eventual punição pela expulsão. — Há regras e um regimento interno.

Ontem, na chegada ao Rio, até o assédio de jornalistas sobre Robinho desagradou ao Vasco. Os jogadores não podem mais dar qualquer entrevista sem a presença de um assessor do clube. A súmula do jogo foi dura. Segundo o juiz Sálvio Spínola, Robinho deu “um murro nas costas do adversário”.

Já a lista problemas musculares não para. Fágner, que sentiu contra o Vila Nova, fará exame hoje mas não deve enfrentar o ABC, amanhã. O exame de Jéferson mostrou um estiramento que deve tirá-lo do time por 20 dias. Liberado pelos médicos, Carlos Alberto só terá condição de jogo caso seja absolvido hoje, no STJD, que vai julgar o recurso do Vasco no caso de sua expulsão contra o Guarani.

Fonte: O Globo