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Para especialistas, Edmundo precisará de liberdade para render no time

Embora tenha sido derrotado na semifinal da Taça Guanabara para o Flamengo, o Vasco mostrou sua nova cara em campo. O quarteto ofensivo formado por Morais, Edmundo, Alex Teixeira e Alan Kardec, se não levou a equipe à vitória, deu esperança para os torcedores de que a equipe poderá se recuperar no Campeonato
Estadual e acabar com o incômodo jejum de cinco anos sem título.

Enquanto tiveram fôlego, os quatro jogadores pareciam que jogavam juntos há muito tempo. A falta de entrosamento foi pouco sentida no clássico contra o Flamengo e até mesmo algumas tabelas surgiram. Tanto que foi no primeiro tempo que o Vasco criou as melhores oportunidades de gol: nove das 14 que teve no jogo
inteiro A formação tática também foi um pouco diferente. Alex Teixeira e Edmundo se revezaram como companheiros de Alan Kardec no ataque, mas foi o Animal quem passou mais tempo no meio-decampo, dividindo a armação de jogadas com Morais.

Afinal, nasceu do pé de Edmundo a jogada do gol vascaíno, marcado por Alan Kardec. Na linha que divide o campo, ele encontrou Amaral, que lançou para o jovem atacante marcar.

Ao todo, das 23 vezes em que o Animal foi acionado no clássico do último domingo, apenas seis foram perto da área.

O recuo do Animal do ataque para o meio-de-campo parece ser um caminho natural dos jogadores veteranos. O maior ídolo da história do Vasco, Roberto Dinamite, mudou de posição justamente quando Edmundo estava dando seus primeiros passos no Vasco.

– Quando o jogador chega a uma certa idade, é preciso unir o talento à experiência. Foi o que fiz quando joguei no meio-de-campo. Mudei de posição e consegui agregar isso. Já dei passes para muitos gols do Romário – afirmou Dinamite.

Quarteto formado por Alex Teixeira, Alan Kardec, Morais e Edmundo teve boa atuação contra o Flamengo

De longe
3 chutes O atacante tentou marcar três vezes no clássico: duas de fora da área, de falta, e o pênalti defendido pelo goleiro Bruno.

Comando
50 segundos Foi o tempo que Edmundo passou com a bola nos pés. Ele acertou 88,9% dos passes que tentou durante a partida.

Recuado
17 vezes Contra o Flamengo, Edmundo tocou mais no meio-de-campo.

Confira a opinião dos especialistas:

Enquanto tiver fôlego, ele deve ter liberdade de movimentação. Ele tem que jogar solto"
Roberto Assaf

Ele deve armar as jogadas no meio. Quanto menos ele correr, melhor
Benjamin Back

Gostei de como jogou domingo, solto. Não se pode prendê-lo
Mauro Beting

Fonte: Lance