Para curar a ressaca
Bastaram apenas quatro dias para a história se repetir! Mas desta vez, para consolo dos poucos vascaínos que compareceram a São Januário na tarde chuvosa de ontem, com um final feliz. Se na última quarta-feira o Vasco acabou pagando o preço pela expulsão infantil do atacante Valdir Papel no segundo jogo da final da Copa do Brasil, ontem foi a vez dos vascaínos serem beneficiados pela mesma infantilidade.
Desta vez, no entanto, o vilão foi um rival, o atacante Gil. Expulso acertadamente pelo árbitro Evandro Roman depois de acertar um tapa em Andrade, o jogador cruzeirense teve participação direta na vitória do Vasco por 1 a 0, que já é o sétimo colocado do Brasileirão.
Sem Valdiram e Valdir Papel, que mesmo tendo recebido o perdão do presidente Eurico Miranda não conseguiram sensibilizar o técnico Renato Gaúcho e sequer foram relacionados para o jogo, o Vasco começou em marcha lenta. Melhor para o Cruzeiro, que não tinha nada com isso e levava perigo com Alecsandro e Gil, que desperdiçaram as três melhores oportunidades do time mineiro no primeiro tempo.
O Vasco, que só ameaçou depois de uma linda triangulação de Andrade, Morais e Edílson, em que o goleiro Fábio salvou nos pés de Morais, começou a ter seu caminho facilitado quando Gil perdeu a cabeça e acertou Andrade com um tapa, sendo expulso no final da etapa inicial. Com um homem a mais, o time da casa melhorou e criou pelo menos duas boas chances de abrir o placar com Edílson.
Mas se o gol não saiu no primeiro tempo, bastaram cinco minutos para Diego fazer grande jogada pela esquerda e cruzar para Ramon, de cabeça, abrir o placar.
Se o gol deu uma tranqüilidade para o Vasco respirar e administrar a vantagem, a expulsão de Morais, depois de fazer falta e retardar a cobrança, fez o torcedor vascaíno sofrer até o final.