Futebol

Para cumprir metas no Brasileiro, Vasco precisa vencer também longe do Rio

Não há fuga do rebaixamento que resista a uma campanha sem vitórias fora de casa. Para quem sonha em conquistar uma vaga na Libertadores de 2011, então, ser um visitante cordial, daqueles que não dão trabalho para o anfitrião, não é um bom negócio. Com os dois objetivos em mente, o Vasco precisa deixar para trás, de preferência já amanhã, contra o Grêmio, números que mostram que enfrentá-lo longe do Rio não tem sido motivo de tensão para os rivais.

Na temporada, foram apenas duas vitórias e dois empates nas oito partidas disputadas em outro estado. As duas, contra Asa e Corinthians-PR, adversários da Copa do Brasil considerados fracos. Pela Série A, o time soma três derrotas e um empate. O atacante Nunes garante que o Vasco tem condição de mudar o retrospecto ruim.

– Nosso time está evoluindo, principalmente no aspecto defensivo. A marcação é tudo no futebol de hoje. Estamos mais seguros e com certeza não sofreremos mais tantos gols quanto antes – afirmou.

Quando comparado aos outros integrantes da Primeira Divisão, o Vasco tem o sexto pior aproveitamento fora de seu estado em 2010, com 33,3% dos pontos disputados. O time de São Januário supera apenas Atlético Mineiro, Atlético Goianiense, Vitória, Grêmio Prudente e Atlético Paranaense. Neste ranking, o líder é o Fluminense, com aproveitamento de 59,2%.

– Temos de tentar tirar proveito da fase do Grêmio para pontuar fora do Rio também. A carga de cobrança sobre o time deles está muito grande e se usarmos isso corretamente, poderemos levar alguma vantagem.

Mas não é fácil jogar no Olímpico – destacou o zagueiro Dedé.

De fato, a partida contra o Tricolor Gaúcho parece perfeita para o Vasco incorporar o papel de visita indesejada. O técnico Silas está sob pressão e começa a balançar no cargo. O time de São Januário, por sua vez, entrará em campo mordido pela derrota por 3 a 0 no torneio em Florianópolis, no começo do mês, a única a manchar a conquista do título.

– Eles terão nova postura, mas nós também. No fim, quem venceu o torneio fomos nós – lembrou Dedé.

Bate-bola com Nunes

O que o Vasco pode fazer para melhorar o retrospecto longe do Rio de Janeiro?
Quem joga a Primeira Divisão não pode relaxar. Temos de encarar todas as partidas como se fosse uma decisão. Encarar o Grêmio no Olímpico é sempre difícil, mas vamos jogar de olho numa vitória que precisamos muito.

Você acha que o momento conturbado do rival pode ajudar?
Com 15 minutos, se eles não tiverem construído um resultado, a torcida vai chiar, a pressão vai existir e temos de aproveitar isso para jogarmos nosso futebol.

O Vasco seria então o favorito para este jogo no Olímpico?
Tratando-se de Grêmio, não podemos nos precipitar. Uma vitória lá com certeza levantaria o moral. Não estamos à procura de um empate neste jogo. Se não ganharmos, não podemos perder. Temos de aproveitar o bom momento.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance