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Pacotão: Confira os pontos positivos e negativos do Vasco em empate

Não adiantou o sangue derramado por Edmílson e Abuda, nem o suor respingado pela correria do técnico Adilson Batista à beira do gramado. A situação ainda não é digna de lágrimas, mas é a cada rodada mais desesperadora. O empate em 0 a 0 com o Corinthians, neste domingo, no Pacaembu, somado à péssima combinação de resultados dos rivais, colocou o Vasco mais perto do rebaixamento. O duelo foi parecido com aquele contra o Grêmio, há cinco dias: esquema cauteloso e pouca efetividade dos dois lados, mas, desta vez, a defesa saiu ilesa. Pouco para quem precisava vencer e, mesmo assim, só chutou a primeira vez aos 29 do segundo tempo.

Bem marcado, sem apoio e em tarde de pouquíssima inspiração, Marlone não ajudou o setor ofensivo. Em contrapartida, Cris foi muito seguro lá atrás. No fim das contas, em 90 minutos de raro futebol e muitos erros no passe decisivo, o gosto foi amargo. Resta mudar a postura na partida em casa, sábado, frente ao campeão Cruzeiro, no Maracanã. É a última chance. Confira abaixo:  

SANGUE E TOUQUINHA


O estoque do departamento aquático do Vasco foi acionado no Pacaembu, e os médicos precisaram botar suas luvas em ação. Edmílson, aos 12 minutos de jogo, e Abuda, antes do fim do primeiro tempo, sofreram cortes na altura do supercílio, levaram pontos e tiveram que sair para serem atendidos. Quando retornaram, trajavam toucas de natação. Ambas as disputas aconteceram pelo alto. Os vilões foram Paulo André e Romarinho, respectivamente.

BRILHO APAGADO


Desde que se firmou como titular, há mais de dois meses, Marlone contabiliza em todos os compromissos bons dribles, chutes perigosos e assistências. Desta vez, porém, talvez tenha sido seu momento mais apagado. Bem marcado, não se movimentou tanto e ficou preso do lado direito. Fagner, que atuou com liberdade, também não foi bem - errando seis passes. O meia-atacante, por sua vez, falhou em sete toques. Foi substituído por Thalles, que entrou melhor no Pacaembu.

CHUTAR PARA QUÊ?

O time cruz-maltino rodou, rodou e rodou a bola várias vezes. Mas chutar, que é bom, praticamente nada. Apenas aos 29 minutos do segundo tempo é que o goleiro Walter fez algo diferente além de bater tiros de meta e sair nas bolas aéreas. Francismar arriscou de fora da área, e o substituto de Cássio encaixou com tranquilidade. Pouco depois, o Vasco ensaiava uma pressão, um rebote sobrou para Abuda, que isolou a redonda. Não dá para ganhar assim.

O SUOR DE ADILSON

Fazia em média 21ºC durante a partida, em São Paulo. Mas isso não impediu Adilson Batista de encerrar seu trabalho muito suado, mesmo sem chutar a bola. Da beira do campo, correu de um lado para o outro, gritou e orquestrou a maioria das jogadas, exibindo seu estilo pilhado que vem se tornando tradicional. O próprio auxiliar Jorge Luiz brincou dizendo que o chefe precisa desligar um pouco, de vez em quando. A intensidade dele, que sabe que salvar o Vasco decolaria de novo sua carreira, impressiona.

CRIS, O XERIFE

Depois de um começo ruim, Cris vem mostrando recentemente as qualidades que o levaram ao futebol europeu e à seleção brasileira. Apesar de a vitalidade não ser mais a mesma, o zagueiro registrou 11 desarmes e três roubadas limpas de bola, sempre bem posicionado. Apenas Paulo André, do Timão, foi superior - com 14. A redução do número de gols sofrido passa por sua subida de produção. O único detalhe que quase manchou sua perfomance foi um erro na saída de bola, que Alessandro consertou.

Fonte: ge