Pacotão: Confira as virtudes do Vasco e erros contra o Goiás
O time misto para um jogo decisivo, a desvantagem no placar agregado para buscar a classificação na Copa do Brasil e o momento negativo vivido pela luta contra o rebaixamento no Brasileirão. Nada disso interessou para a torcida do Vasco. Os mais de 36 mil cruz-maltinos presentes ao Maracanã deram um show à parte. E nem mesmo a eliminação após a insuficiente vitória por 3 a 2 sobre o Goiás - foi derrotado no primeiro jogo por 2 a 1 no Serra Dourada - estragou o clima de apoio na arquibancada depois de uma partida que teve o brilho de um jovem atacante e um erro grave de arbitragem.
O momento de apoio
Foram 36.061 presentes ao Maracanã (29.937 pagantes). Os vascaínos foram em peso ao estádio e esqueceram todo o momento ruim pelo qual o clube passa em 2013. Esqueçam as vaias. Em 90 minutos, os torcedores se preocuparam exclusivamente em apoiar o time misto. O primeiro gol logo aos dois minutos incendiou a arquibancada. E fez surgir o canto de "ô, Urubu, pode esperar, a sua hora vai chegar", uma provocação ao rival Flamengo, que seria o próximo adversário caso o Cruz-Maltino passasse para a semifinal. Na saída para o intervalo do jogo, quando o placar era de 2 a 1 e levaria para os pênaltis, muitos gritos de "Vaaaaaasco" ecoavam no estádio. A bola na rede de Amaral, que empatou o jogo no segundo tempo, até causou um período de silêncio. Mas o gol de Willie a 15 minutos do fim inflamou o palco novamente, resgatando os gritos de "eu acredito". Por um gol, a classificação virou eliminação, mas em momento algum os aplausos se transformaram em reclamação.
O erro
Aos 30 minutos do primeiro tempo, Luan subiu sozinho de cabeça na área e estufou a rede. O gol ampliaria a vantagem para 3 a 1, placar que garantia a classificação do time para a semifinal da Copa do Brasil. Só que o lance foi invalidado. O bandeirinha Kleber Lucio Gil viu um impedimento inexistente do zagueiro após o cruzamento de Juninho - Amaral dava condição - e anulou o gol cruz-maltino, que acabou fazendo falta à equipe no fim.
A surpresa
O jovem Thalles, de apenas 18 anos, fez sua estreia como titular entre os profissionais do Vasco. E não decepcionou. O atacante mostrou personalidade para construir jogadas e teve ótimo aproveitamento: dois gols em três finalizações na partida. A revelação cruz-maltina se movimentou bastante, buscou o jogo nas laterais do campo, foi fominha às vezes - poderia ter tocado no segundo gol para Juninho, que estava livre e sequer comemorou mesmo com a jogada errada dando certo -, mas se candidatou a brigar por uma vaga na equipe titular.
O duelo
A zaga reserva do Vasco teve Luan em melhor noite do que Renato Silva. O zagueiro de 30 anos teve participação nos dois gols do Goiás, em ambos marcando Walter - e não evitando a assistência. No primeiro, foi driblado e deu espaço para que o atacante levantasse a cabeça e fizesse passe para Hugo. No segundo, fez a marcação por trás e não conseguiu desmontar o domínio de bola do esmeraldino, que recebeu cobrança de lateral e ajeitou para Amaral. Após a partida, Renato Silva reclamou do fracasso da tática do "sanduíche".
O elástico
Jhon Cley esteve longe de ser um dos destaques da partida. Disperso, esteve fora de sintonia em relação aos demais jogadores e acabou substituído por Marlone aos 29 minutos do segundo tempo. Mas, antes de deixar o jogo, mostrou categoria num lance individual. Ao puxar um contra-ataque pela lateral esquerda do campo no fim do primeiro tempo, o meia aplicou um bonito elástico sobre Vitor, mas o cruzamento passou por Thalles e Reginaldo na área.
Fonte: ge