Ovacionado pela torcida, Carlos Alberto foi o jogador que mais sofreu faltas

Com dores musculares, a entrada de Carlos Alberto no time do Vasco foi incerta até momentos antes da partida. Mas, uma vez escalado, o capitão vascaíno mostrou que deixá-lo no banco seria um erro.

O meia foi o maestro do time do Vasco, criou jogadas, deu passe para os dois gols e ainda foi combativo no meio de campo.

A boa atuação, inclusive, fez com que Carlos Alberto terminasse a partida como o jogador que recebeu o maior número de faltas.

E se o Vasco teve em seu capitão o principal jogador, o Fluminense se ressentiu da atuação de seu líder Conca. O argentino, ao contrário de outras partidas, não fez a diferença a favor do Tricolor.

Conca teve boa posse de bola, mas não transformou esse domínio em situações de perigo. Ainda no primeiro tempo, até teve uma boa oportunidade de gol, mas não a aproveitou e, depois, criou duas jogadas desperdiçadas pelos atacantes.

Dois passes para gols e muita entrega em campo. De formaresumida, essa pode ser a descrição da presença de Carlos Alberto, do Vasco, no clássico de ontem. Mas quem assistiu ao jogo sabe que o meia justificou toda a devoção da torcida vascaína a ele.

Deu assistências primorosas para Éder Luís e Fágner marcarem seus gols e, apesar de desperdiçar uma grande chance no primeiro tempo, incomodou a defesa tricolor durante os 90 minutos. No fim, quase foi premiado com a honra de fazer o gol da vitória, quando bateu colocado e, por infelicidade, a bola não entrou.

Tanta disposição fez com que saísse de campo com cãibras e a camisa encharcada. Apesar de ovacionado pelos torcedores cruzmaltinos, o capitão fez questão de dividir os méritos com os demais jogadores, que, segundo ele, se doaram pelo time.

– Isso aqui é uma equipe e há várias formas de colaborar. Hoje, pude ajudar com bons passes e disputando as jogadas, mas, quando fui expulso (contra o Vitória, em São Januário), meus companheiros seguraram a ‘barra’. Então, isso que fiz faz parte de um todo – comentou o camisa 19 do Gigante da Colina.

Carlos Alberto não quis lamentar o empate e destacou a conquista de mais um ponto no campeonato.

– Como no futebol não tem ‘se’, não temos que ficar falando aqui no que poderia ter acontecido. Temos, sim, que comemorar este ponto e pensar adiante – ressaltou.

Prass grato à torcida

Escolhido em votação na internet para vestir a camisa 112 no jogo de ontem – em alusão aos 112 anos de fundação do clube – o goleiro Fernando Prass agradeceu à torcida e se disse honrado.

– Não é qualquer um que, em um grupo de vencedores, é escolhido. Estou feliz. Podíamos ter ganhado.

Agora, vamos nos preparar para o jogo com o São Paulo.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)