Futebol

Os números de gols de cabeça de Vegetti na atual temporada

História repetida na temporada: um jogador do Vasco ganha espaço no último terço do campo e cruza a bola para a área. Bom, ruim ou mediano, dificilmente o cruzamento não encontra (ou é buscado por) Pablo Vegetti, levando perigo ao gol adversário ou parando nas redes. Foi assim que o argentino marcou, em Athletico 2 x 1 Vasco, o gol que levou a definição da vaga nas semifinais da Copa do Brasil para os pênaltis, vencidos pelo cruz-maltino. Mais uma demonstração do amplo repertório do atacante no jogo aéreo, que o faz o melhor cabeceador do futebol brasileiro na atualidade.

Siga o SuperVasco nas redes sociais: Bluesky | Facebook | Instagram | Telegram | Threads

Os números sustentam essa afirmação. Somando Copa do Brasil (3) e Campeonato Brasileiro (4), Vegetti já registra sete gols de cabeça entre os 18 que marcou na temporada.

Contra o time paranaense, o centroavante marcou o segundo gol de cabeça da entrada da pequena área no ano, o quinto em cruzamentos originados da esquerda (incluindo escanteios) e o terceiro com assistência do lateral-esquerdo Lucas Piton, seu “garçom” mais frequente.

Os gols de cabeça de Vegetti — Foto: Editoria de Arte
Os gols de cabeça de Vegetti — Foto: Editoria de Arte

As outras quatro assistências se distribuem entre os laterais do time, além do volante Hugo Moura, que encontrou o argentino em um lançamento da intermediária no clássico contra o Fluminense, no primeiro turno.

Por mais que as jogadas em que o time do Vasco procura Vegetti sejam, na teoria, previsíveis, a habilidade do atacante nas jogadas aéreas o torna muito difícil de ser marcado. Com 1,87 m de altura, o argentino de 35 anos alia essa característica física com a impulsão, a movimentação inteligente, o timing certo e a experiência no estilo de jogo. Não são raros, por exemplo, os lances em que Vegetti salta depois dos zagueiros e ainda assim alcança a bola, imprimindo força e velocidade raras para finalizações de cabeça.

— Acho que é uma característica, é algo como uma virtude que eu tenho. Não sei como explicar. É o meu trabalho, é algo que está no meu jogo. Mas os zagueiros também começam a conhecer o movimento, então eu tenho que tentar fazer outro tipo de movimento para me desmarcar. Eu digo que gostaria de ficar o tempo todo dentro da área, que é o meu lugar de conforto. Mas, para ajudar o time, temos que sair da zona de conforto e fazer outro tipo de trabalho. Mas é uma virtude que eu tenho, que tento aproveitar. É uma condição de intuição, de goleador. E se eu explicar, perde a magia (risos) — disse Vegetti em entrevista ao ge, em julho.

Variação e último toque

Foi com essa característica que o jogador se consagrou artilheiro em três divisões na Argentina. Na temporada passada, quando acertou sua vinda ao Vasco, tinha 13 gols em 27 jogos pelo Belgrano no Campeonato Argentino, sendo cinco de cabeça. O primeiro gol pelo Vasco, já na estreia, foi justamente com esse fundamento, completando cruzamento de Gabriel Pec.

O repertório para além do jogo aéreo também ajuda o capitão vascaíno a ser mais imprevisível. Vegetti não é um jogador de velocidade ou de carregar a bola, mas compensa no último toque e no posicionamento. Além das cobranças de pênalti, o atacante aparece bem posicionado para concluir passes mais complexos com os pés para o gol. São dois com o pé direito no Brasileirão, além de dois de pênalti.

Vegetti é uma das esperanças do Vasco no reencontro com o rival Flamengo, neste domingo, às 18h30, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nono colocado, o cruz-maltino também deve ter o retorno de Philippe Coutinho e a possibilidade de estreia do suíço Maxime Dominguez no clássico.

Fonte: Agência O Globo