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Os novos capítulos da eleição vascaína

Junta Deliberativa do Vasco define lista de aptos a voto para eleição do fim do ano; Diretas seguem sub-judice

Composta por presidentes de poderes do Vasco, a Junta Deliberativa Eleitoral do clube finalizou a lista de aptos a voto para a eleição presidencial prevista para a segunda quinzena de novembro. Em reunião virtual, ficou definido que 7.981 nomes podem participar do pleito eleitoral.

A votação para conclusão da lista teve o resultado de 4 votos favoráveis (Edmilson Valentim, Alexandre Campello, Silvio Godoi e Roberto Monteiro) contra 1 voto (Mussa). O presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus, o “Mussa”, votou para estender o prazo de análise dos nomes, mas acabou sendo vencido.

DIRETAS SUB JUDICE

No último domingo, os sócios do Vasco definiram, em Assembleia Geral Extraordinária, que as eleições previstas para novembro terão pela primeira vez o chamado “voto direto”. No entanto, em decisão liminar, a Justiça suspendeu o resultado da AGE até que tenha validade em julgamento de mérito da ação.

Caso seja confirmado o voto direto, será a primeira vez na história do clube. Até então, o associado vascaíno vota em uma chapa que, de maneira indireta, nomeia 150 conselheiros para definir os presidentes de poderes.

Eleição do Vasco: sócios pedem liminar na Justiça por direito a voto e urna em separado

Enquanto a Assembleia Geral Extraordinária do Vasco, que votou e aprovou as diretas no fim de agosto, segue em liminar sub judice aguardando decisão da Justiça, sócios do Cruz-Maltino acionaram o poder judiciário de olho na eleição presidencial do fim do ano. O Esporte News Mundo teve acesso a detalhes do caso. Estes sócios pleiteam liminar para poderem votar no pleito à presidência, com os votos em uma urna em separado até o julgamento do mérito do caso.

A ação foi distribuída no fim da noite da última quinta-feira na 27ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), e uma decisão sobre o pedido liminar deve ser proferida até a próxima semana.

Os sócios que entraram com esta ação contra o Vasco na Justiça são associados desde 2013. Afirmam que no início deste ano não conseguiram pagar as mensalidades pela primeira vez, buscando uma regularização ainda no primeiro semestre. Entretanto, em e-mail respondido pelo clube à época, alegam que não foi autorizado que pagassem o que deviam para ficarem em dia e terem o direito ao voto, o que atropelaria o artigo 42 do estatuto do Vasco.

É afirmado ainda por estes sócios que possuem o conhecimento de mais de 30 pessoas que estariam passando pela mesma situação, e que poderiam acionar a Justiça também em busca de liminar para que voltem a ter direito ao voto na eleição do Vasco. “Pleiteamos aqui nada mais do que o cumprimento das regras estatutárias estabelecidas pelo próprio Réu em seu estatuto, mais especificamente em seu Artigo 42 que possibilita o retorno do associado em débito desde que o mesmo quite os débitos pendentes, quando passará a ter todos os seus direitos reestabelecidos”, argumentaram.

Citaram nos pedidos para que o juízo “determine, desde já, a contabilização desses votos em separado, designando uma urna específica para aqueles que forem bem-sucedidos em seu pleito de tutela de urgência. (…) Contabilizando os votos em separado o processo eleitoral não correria nenhum risco”.

A reportagem do ENM não conseguiu contato com os envolvidos até o momento desta publicação.

Fonte: Esporte News Mundo