Futebol

Os (muitos) erros do Vasco contra o Bahia

Time comandado pelo técnico Zé Ricardo entrou em campo com o zagueiro Werley na lateral direita e teve péssima atuação contra o Bahia. Resultado: 3 a 0 e vaga distante

O Vasco, mais uma vez, foi goleado fora de casa. Menos de um mês depois do 4 a 0 para o Racing, na Argentina, o time comandado pelo técnico Zé Ricardo pareceu sequer ter entrado em campo nesta quarta-feira, contra o Bahia. A péssima atuação individual e coletiva do Cruz-Maltino deixou a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil muito distante: 3 a 0 para os mandantes na Fonte Nova.

Nada funcionou para o Vasco. A começar pela escalação. Sem Rafael Galhardo, que não viajou por precaução, Zé Ricardo escalou o zagueiro Werley improvisado na lateral direita, para manter Pikachu avançado como ponta. O improviso, porém, não chegou nem perto de dar certo.

Durante o primeiro tempo, principalmente nos minutos iniciais, era possível observar Werley e Pikachu disputando o mesmo espaço e com dificuldades para marcar o ataque do Bahia, apesar de ter um zagueiro improvisado na lateral. Guto Ferreira, inteligentemente, tratou de pedir para seus jogadores marcarem – e muito bem – a saída de bola do Vasco pelos lados.

Em vários momentos, Werley pegava a bola e tocava para Paulão, que passava para Erazo. Por fim, Henrique, do outro lado, recebia, mas já marcado de perto por um atacante adversário. Assim, o Vasco não conseguia escapar da pressão baiana para tentar criar alguma coisa.

Mesmo jogando recuado, o Vasco dava espaço para o Bahia. Por quê? Tinha muito espaço entre os zagueiros e os volantes. Zé Rafael, muito bem na partida, jogava entre as duplas Desábato e Wellington/Paulão e Erazo.

Se não bastassem os problemas táticos, todo o sistema defensivo cruz-maltino mostrou dificuldade nos dois primeiros gols. No lance em que o Bahia abriu o placar, a bola sobrou para Zé Rafael, completamente livre na entrada da área, depois de um chute de João Pedro. Todo mundo do Vasco parou para olhar.

No segundo, Vinícius bateu falta com perfeição para Edigar Junio, também livre de marcação, ampliar o placar. Depois do intervalo, o Bahia ainda contou com a falha individual de Desábato para colocar números finais na partida.

Zé Ricardo escalou o garoto Bruno Cosendey para armar as jogadas do Vasco. Diante do recuo cruz-maltino e a partida muito abaixo da média de toda a equipe, o meia não conseguiu corresponder às expectativas e foi substituído ainda aos 30 minutos do primeiro tempo – pagou o preço pelo péssimo nível de todo o time.

Wagner, que entrou em seu lugar, não conseguiu fazer nada de diferente. O problema não estava nas peças em campo, mas em como elas estavam se comportando.

O time comandado por Zé Ricardo não conseguia criar jogadas. Não trocava mais de três passes sem perder a bola, mesmo com o Bahia um pouco mais recuado depois do terceiro gol. Os laterais, em péssima noite ofensiva e defensivamente, não conseguiam apoiar – e a entrada de Kelvin, aos 28 do segundo tempo, foi tardia.

Resumindo: nada funcionou para o Vasco contra o Bahia.

Fonte: ge