Os desafios e as chances do Vasco e rivais diretos na briga pelo acesso
Depois de duas temporadas com clubes de grandes torcidas, a Série B pode estar diante de suas últimas cinco rodadas “estreladas”. Com o Cruzeiro já garantido na elite, São Paulo e Botafogo praticamente livres da queda (possuem menos de 1% de possibilidade) e o Santos com apenas 2% de risco, a segundona nacional pode ficar sem nenhum campeão brasileiro nos últimos 35 anos para 2023. Para isso, claro, Grêmio, Bahia e Vasco, precisam confirmar suas presenças no G4. Os três entram em campo neste sábado.
De todos, aquele que terá o maior desafio pela frente é o Vasco. Não só por ser quem fecha o G4, com apenas três pontos à frente do quinto colocado. Mas também pelo nível de dificuldade de sua reta final. Dos cinco jogos restantes, apenas em um ele pode ser considerado amplo favorito. Justamente o das 18h30, contra o Novorizontino, em São Januário.
Isso porque, além de ser apenas o 14º melhor visitante da Série B (não vence fora de casa desde a 14ª rodada, em 25 de junho), o time paulista atravessa mau momento. Nos últimos seis confrontos, acumula três derrotas, dois empates e somente um triunfo.
Mesmo sem Alex Teixeira, que foi o herói da última vitória mas recebeu o terceiro amarelo, e com Raniel e Nenê em má fase, o time de Jorginho não deve ter dificuldade para se impôr em São Januário. A boa notícia fica por conta do retorno de Yuri Lara, que estava suspenso contra o Operário.
— Uma coisa é certa: o time vai ser ofensivo, precisa ser uma equipe que possa propor o jogo, que tenha coragem, para que a gente possa trazer a alegria e confiança ao torcedor — afirmou Jorginho ao fazer um prognóstico da partida de hoje.
A vitória também é necessária porque, em seguida, os cruz-maltinos farão uma sequência de quatro confrontos com equipes que hoje são postulantes a uma vaga no G4. Por isso, nem mesmo dos jogos em São Januário pode-se esperar que o Vasco tenha vida fácil.
Pontos para o acesso
De acordo com o setor de probabilidade no futebol do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o time que chegar aos 64 pontos estará 100% garantido na Série A. Mas, a partir dos 62, as chances já são de 99,9%. Ou seja: pode ser suficiente para o acesso a depender de outros resultados. Isso significa que, para depender apenas de si o Vasco ainda precisa de dez a 12 pontos dos próximos 15 em disputa. Já o Bahia, terceiro colocado neste momento, ainda necessita de nove a 11. O Grêmio, vice-líder, é quem está mais próximo da meta: falta conquistar de seis a oito pontos.
Além de estar bem perto da pontuação necessária, o time gaúcho ainda tem uma sequência teoricamente mais fácil que os outros dois. O jogo contra o Londrina, às 16h30, no Estádio do Café, pode ser considerado o mais equilibrado de sua sequência. Ainda assim, o clube paranaense atravessa um momento de baixa performance — conquistou apenas cinco dos últimos 18 pontos disputados. A ansiedade pela proximidade do G4 parece ter afetado o desempenho dos jogadores.
Em seguida, dos quatro compromissos restantes do Grêmio, em três ele pode ser tachado como favorito. Inclusive no clássico contra o Bahia, dia 16, em Porto Alegre. O tricolor baiano não vence como visitante desde a 18ª rodada, em 16 de julho. Para completar, vem sofrendo com a irregularidade. Conquistou apenas seis pontos dos últimos 18 que disputou.
Bahia: tabela pode ajudar
Apesar do mau momento, a equipe nordestina se beneficia da tabela. O duelo com o Grêmio é o único em que o atual terceiro colocado entra como zebra. Sua sequência final terá três jogos em casa. A começar pelo das 16h, diante do Brusque, um dos piores visitantes da Série B e que vem de uma série de cinco derrotas consecutivas.
Mesmo que fique para as rodadas finais, o acesso do Bahia ainda pode ser facilitado caso os dois últimos adversários (Guarani, em casa; e CRB, fora) já estejam livres da ameaça de rebaixamento no momento em que enfrentarem o time agora dirigido por Eduardo Barroca. O que é muito provável. Hoje, o risco de queda do clube de Campinas é de apenas 1,3%. Já o dos alagoanos é menor ainda: 0,07%.
Fonte: Globo OnlineMais lidas
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