Os bastidores da difícil situação do colégio Vasco da Gama
A greve dos professores do colégio Vasco da Gama, iniciada na última segunda-feira, foi apenas o último capítulo de uma difícil situação que se arrasta desde o início de 2019. Os alunos cruz-maltinos sofrem com falta de aulas e material didático e começam a se preocupar com a continuidade do ano letivo.
A questão financeira é um dos principais pontos: os professores não recebem há três meses e, por isso, decidiram entrar em greve. Em reunião na última quarta-feira, ouviram do vice-presidente social do Vasco, Marcos Macedo, que não há previsão para o pagamento. Grupos políticos se movimentaram e iniciaram uma vaquinha online para arrecadar R$ 70 mil para o colégio.
Vasco e GPI não se entendem
Toda a situação afeta o desempenho do colégio. De acordo com pais e responsáveis pelos alunos, os problemas se agravaram quando o GPI assumiu a gestão do colégio, conforme contrato assinado ainda em 2018. A parceria previa o pagamento de R$ 4,5 milhões ao Vasco, com exposição da marca da empresa na camisa.
O primeiro problema veio em janeiro. Na ocasião, o GPI promoveu uma reformulação no quadro docente: apenas seis professores foram mantidos.
De acordo com Neto Menezes, diretor do GPI, o acordo com o Vasco previa o atendimento de 250 alunos. Entretanto, no início do ano havia 294 matriculados. Isso gerou déficit no material didático e obrigou a empresa a montar o quadro docente às pressas.
A versão do Vasco é diferente. Segundo o vice-presidente social do clube, o GPI não cumpriu com obrigações do contrato, como a construção de um novo colégio.
- Nós fizemos contratação de profissionais. Hoje, temos uma pendência, que é professor de inglês. Contratar novos profissionais no meio do caminho é mais difícil. Tivemos que reconstruir o colégio. Por conta disso, o material didático ficou prejudicado, porque era de responsabilidade do antigo parceiro - afirmou Macedo.
A situação se refletiu no colégio: mães de alunos matriculados reclamam que não havia aulas suficientes por causa da falta de professores.
Em abril, o Vasco notificou o GPI e decidiu romper o contrato. Segundo o clube, a empresa não cumpriu alguns pontos do contrato. Em resposta, o GPI afirmou que o Cruz-Maltino também não atendeu a contrapartidas e prometeu entrar na Justiça.
A saída do GPI não melhorou a situação. As queixas de mães de alunos se estendem a este período: a nova equipe responsável pelo colégio não se reuniu com os responsáveis e ainda há falta de material didático e déficit de professores.
- No turno da manhã, os alunos estavam entrando 10h e saindo entre 11h30 e 12h – relatou uma mãe de aluno.
- Os bimestres foram à base de trabalhos – contou outra.
De acordo com Marcos Macedo, há um acordo encaminhado com novo parceiro. A expectativa é fechar a parceria ainda em agosto.
- Estamos finalizando análise jurídica de um novo parceiro que vai fornecer todo o material do colégio e também entrar com dinheiro. Vamos regularizar a situação do material e ter condição melhor de trabalho - completou Macedo.
A previsão de pagamento, porém, segue distante. Isso porque o Vasco ainda precisa resolver questões de penhora para obter o empréstimo que irá aliviar a situação financeira. A crise do colégio se estende a todo o clube.
Fonte: geMais Lidas
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