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Opinião: Gesto de ídolo

Se houve alguma coisa no futebol do Rio, na semana passada, que pudesse compensar, em parte, a derrota do Fluminense na Copa Libertadores, foi certamente a vitória do ídolo Roberto Dinamite na eleição para a presidência do Vasco. A perda do Fluminense entristece qualquer pessoa sensível, seja de que clube for. Da mesma forma, a vitória do Dinamite toca essas mesmas pessoas sensíveis.

Não sei se elas são muitas na sociedade que temos hoje, assim como no futebol, em que torcidas não se contentam em ser adversárias ou rivais das outras. São, na verdade e infelizmente, inimigas, pois se odeiam entre si, como se não fossem, todas elas, pessoas, seres humanos.

Foi uma cena bonita a primeira entrada do presidente Roberto Dinamite em São Januário, conduzindo com ele profissionais de todos os veículos da imprensa, independente da empresa em que trabalham, de jornal, rádio e televisão. Roberto abriu a porta para todos e para todas, num gesto digno de um ídolo, ídolo de uma democracia como era o Vasco em seu tempo de jogador e como será o Vasco, agora, em seu tempo de presidente.

O primeiro grande problema para ele é que a cena bonita não se repete em campo, quando o Vasco joga.

O time e o elenco que ele herdou são fraquinhos, como vimos mais uma vez ontem, contra o Figueirense.

Não conseguiu confirmar a merecida vantagem de 1 a 0 que alcançara no primeiro temo, com a colaboração principal de seu goleiro Tiago.

Para constatar a fragilidade do setor defensivo do Vasco, basta ler os nomes que o compõem. Não se sabe quem é quem.

E, mesmo com nomes que a gente conhece, o setor ofensivo tampouco inspira confiança, porque ontem, por exemplo, os balzaquianos do ataque não jogaram nada.

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