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Opinião: "Vasco precisa de um homem forte no futebol"

Eu não esperava mesmo que Roberto Dinamite anunciasse a contratação de um técnico para o Vasco, um dia após a queda para a Segundona. Eu, aliás, tinha certeza de que o conteúdo de sua entrevista coletiva seria aquele: zero. Foi tão vazia quanto, infelizmente, tem sido sua administração.

Mas foi na oca entrevista de Roberto que pode-se detectar um dos problemas que vêm fazendo o Vasco emperrar: Dinamite não pode ser o homem forte do futebol. Ele é o presidente, deve ser a última palavra, mas precisa de um vice de futebol. Basta analisar sua entrevista, na qual mostrou-se surpreso com a saída de Madson para o Santos. Mostrou-se surpreso com a saída de Wagner Diniz para o São Paulo. Mostrou-se surpreso com a saída de Renato Gaúcho para as areias escaldantes de Ipanema. Enfim, mostrou-se surpreso com tudo aquilo que nós já estávamos carecas de saber que aconteceria. Onde estava ele, vice de futebol, esse tempo todo? Onde estava o supervisor Carlos Alberto Lancetta? Em Marte?

Desde que Roberto Dinamite, um dos poucos ídolos que tenho na vida, assumiu a presidência do Vasco, os torcedores, leitores deste blog (e de outros também) passaram a simplificar as críticas da seguinte forma: quem reclama do Roberto está com saudade do Eurico. Antes que venham me dizer isso, antecipo-me: a crítica constrói, a omissão destrói. Vou criticar e elogiar o atual presidente cruzmaltino quantas vezes eu julgar necessário. Mas juro que de fato estou na torcida para que seja, sem a bola nos pés, tão grande quanto foi nos tempos de jogador.

Fonte: Blog de Marluci Martins