Opinião: "Um time que só joga em casa"
Começar enaltecendo o show da torcida vascaína, maioria absoluta no Serejão, soa tão redundante quanto dizer que as condições do gramado eram deploráveis e que Carlos Alberto foi caçado deslealmente durante todo o jogo. Vascaínos de norte a sul se dispuseram a provar que o sentimento nunca parou e, jogo após jogo, pintam de cruz de malta as arquibancadas, proporcionando um espetáculo de paixão e devoção ao MAIOR CLUBE DO MUNDO. O presente para os cruzmaltinos veio cedo. Ramón cobrou falta, ninguém conseguiu desviar e a bola acabou entrando. O Vasco jogava bem, e apoiado pela massa que transbordava pela garganta do jacaré, se sentia em casa. Pressionava a saída de bola e não dava chances ao Brasiliense sair para o jogo. Durante toda a primeira etapa, Fernando Prass foi obrigado a fazer somente uma intervenção.
O Brasiliense veio mais determinado para a segunda etapa, e forçava principalmente o jogo aéreo. Mas, vir determinado contra o Vasco, é somente equilibrar as coisas, pois, se às vezes falta técnica, determinação e vontade sobram aos nossos guerreiros cruzmaltinos, que dividem todas as bolas como se quisessem tirar o pai da forca. Em uma dessas divididas, Aloísio levou a pior. O Atacante chegou a ficar desacordado no gramado após chocar cabeça com cabeça com o zagueiro candango, mas graças a Deus nada de mais grave aconteceu . Para o lugar de Chulapa, que saiu de ambulância do gramado, veio Adriano. O jogo aéreo parecia ser a única forma do Brasiliense ameaçar o Vasco, e por intermédio de uma cabeçada desferida pelo atacante Gustavo, o time do campo( porque a casa era nossa) criou sua melhor oportunidade no jogo, mas acabou esbarrando na muralha Fernando Prass. Ainda teve um pênalti a favor do time do campo, tão claro quanto o não marcado sobre Carlos Alberto, na primeira etapa. A não marcação do primeiro, acabou compensando a não marcação do segundo, deixando tudo \"elas por elas\". O Vasco ainda puxou alguns bons contra-ataques com Pimpão, que finalmente deu o ar da graça substituindo o Gladiador Carlos Alberto, e Adriano, mas não conseguiu criar de fato chances claras para ampliar.
O resultado nos mantém na liderança isolada da competição, com 3 pontos acima do segundo colocado e 9 acima do quinto, ou seja, tudo indica que os mares serão cada vez mais tranqüilos para a Caravela Vascaína voltar a série A. Mais importante que isso é notar que o discurso dos jogadores não é da boca pra fora, e que a festa, de fato, se restringe a torcida. O time continua com a mesma seriedade e comprometimento de não só subir, mera obrigação aliás, e sim, subir provando que é muito maior que essa divisão menor. E eles podem ficar tranqüilos, pois a festa nós garantimos, seja aqui no rio ou em qualquer outro lugar desse país.
Agradecemos ao leitor João Vitor Carvalho pelo envio da matéria.
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- SuperVasco