Opinião: "Tê-lo ou não tê-lo (Edmundo), eis a questão"

E o Edmundo, hein? Você se lembra que no primeiro semestre, após perder dois pênaltis decisivos contra Flamengo - pela Taça Guanabara - e Sport - pela Copa do Brasil -, o animal pediu para o então presidente em vigor, Eurico Miranda, rescindir seu contrato? Edmundo ameaçou adiantar a aposentadoria e apareceu em São Januário de cabeça raspada. Não me pega. No fim das contas, o Animal relutou e garantiu o cumprimento do contrato - que vai até o final deste ano.

Pois, é. O Animal, porém, voltou atrás e mais uma vez adiou a decisão de pendurar as chuteiras. O decreto antes irreversível agora está “aberto a propostas”. Durante um campeonato de futevôlei de fim de ano, Edmundo afirmou que continuará jogando caso receba boas ofertas. E criticou asperamente a diretoria vascaína em função do tratamento dado a ele. Segundo o jogador, internamente ele não é tratado como um ídolo do clube. E confessou ter sequer sido procurado pela direção para estender seu vínculo.

Mas, hoje, Roberto Dinamite prontamente colocou panos quentes na história. O presidente do Vasco disse que as portas estão abertas para o jogador e que ele merece uma despedida digna.

Você, blogueiro, se fosse vascaíno (ou se é) gostaria de ver Edmundo no Vasco em 2009?

Se eu fosse vascaíno, não gostaria.

O primeiro passo para a reconstrução vascaína é montar um time coeso. Basta olhar bem o mercado e pescar as peças certas no lugar certo.

A era dos “donos” de São Januário, com poderes acima do bem e do mal, já se foi. Há tempos, Edmundo sequer dá mostras do futebol que o imortalizou em 97. A meu ver, mantê-lo é um retrocesso.