Opinião: por mais responsabilidade nas denúncias, e por menos uso do futuro
Está disponível no Supervasco, no link http://www.supervasco.com/noticias/mandarino-rebate-acusacoes-a-respeito-do-filho-66144.html, resposta do nosso Vice Presidente de Futebol José Hamilton Mandarino ao senhor Marcelo Damato, jornalista do jornal O Lance, que noticiou em sua coluna uma suposta participação do filho do nosso VP, Rafael Mandarino, em negociações de jogadores de futebol.
Imediatamente à veiculação da notícia eu me insurgi no corpo da própria contra mais uma insinuação/acusação sem provas envolvendo o Vasco. Virou moda. No Vasco se denuncia muito e se prova quase nada.
Tenho acompanhado de perto o trabalho do nosso VP de futebol. Claro que todos podem e devem criticar o que acham que deve ser criticado na condução do futebol do Vasco. Se você acha que o técnico é ruim, se você acha que os reforços não foram bons, acredita que a profissionalização do futebol não funcionou; o direito de reclamar é bom e é legítimo, afinal quem paga a conta é o torcedor.
Porém, uma insinuação como esta em um jornal de grande circulação é uma irresponsabilidade, por várias razões. A primeira e mais grave é porque insinuar é a forma irresponsável de se noticiar uma coisa que você não tem e nem precisa provar, até porque é uma insinuação, uma possibilidade. Se for negada o jornalista pode dizer \"mas eu não afirmei, só disse que poderia estar acontecendo\".
É o uso indiscriminado do futuro do pretérito, tempo verbal que deveria ser proibido de ser usado pelos jornalistas.
Usa-se uma frase do tipo \"filho de Mandarino teria participado de negociações com empresários\". Ou mesmo \"Mandarino estaria sendo considerado o novo Eurico do Vasco\". TERIA...talvez, quem sabe, pode ser que sim, pode ser que não. Nada provado, e nem precisa.
Sejamos responsáveis.
Aliás, esta é mais uma afirmação irresponsável e equivocada. Sem querer entrar em méritos ou deméritos de ambos, os métodos de Eurico Miranda como VP de futebol antes e de Mandarino agora são incomparavelmente diferentes. Um participava de todos os acontecimentos, tomava conta de tudo o tempo todo num regime centralizador. O outro profissionalizou o futebol com um gestor profissional, preparado para o cargo, que estudou e se desenvolveu para isso. A relação entre os métodos de trabalho dos dois é nenhuma e ficar incentivando isso é mais uma bobagem de quem quer criar confusão e não gerar nada de positivo.
Mais uma mudança de postura entre um e outro ficou evidenciada na sua carta de repúdio ao jornalista. Uma resposta de bom tom, sem agressividade e sem vir acompanhada de uma proibição para repórter do LANCE! entrar em São Januário.
O Vasco não precisa de denúncias falsas, plantadas ou não. O Vasco não precisa de jornalistas reproduzindo qualquer coisa que ouvem ou imaginam sob a proteção do futuro do pretérito. Se existem irregularidades, que se provem as irregularidades e se noticie com provas. As de agora e as de antes. Porque ficar denunciando sem provar nada é irresponsabilidade.
Um abraço a todos!
Vitor Roma
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